Salvador - O Red Bull Paranauê 2025 voltou a Salvador para uma disputa épica que reuniu 16 capoeiristas de destaque mundial. Em formato eliminatório, com categorias feminina e masculina, 8 homens e 8 mulheres competiram pelo título de capoeirista mais completo do planeta em um palco que não poderia ser outro: a Praça da Cruz Caída, no coração do Pelourinho, que recebeu mais de 2.500 pessoas.
Antes de cada confronto, uma roleta definia qual dos três toques de capoeira guiaria o jogo: Regional, Angola ou Contemporânea. A cada duelo, os atletas precisavam demonstrar versatilidade e amplo conhecimento dos estilos, sob avaliação de três mestres renomados, cada um representando um estilo da capoeira e que definiam o vencedor de cada batalha.
A produção executiva do evento foi assinada pela HIKE, agência especialista em brand experience, que trouxe um olhar 360º para a operação, alinhando excelência técnica, inteligência cultural e olhar regional na produção de um campeonato já conhecido e aguardado globalmente no universo da capoeira.
Baianos Kakinho e Borrachinha se consagram campeões
Diante da Praça da Cruz Caída lotada, no coração do Pelourinho, os baianos Carlos Marques dos Santos Junior, conhecido no universo da capoeira como Kakinho, e Brenda Alves Xavier de Jesus, conhecida como Borrachinha, se consagraram campeões da edição 2025, após disputas cheias de energia que reuniram alguns dos melhores capoeiristas do mundo.
“É extraordinário esse momento, quem vem do interior – sou de Serrinha, a cerca de 180 km de Salvador – vem de uma realidade totalmente diferente. Para nós, é muito difícil chegar num palco desse, porque a gente é menos visto. A capoeira sempre é mais vista nas grandes metrópoles, e poder estar neste palco é uma sensação incrível, é a realização de um sonho mesmo”, conta Kakinho, de 25 anos, que venceu na categoria masculina após um jogo acirrado com o paulista Arthur Fiu.
De Pojuca, na Bahia, quem levou a melhor na categoria feminina foi Borrachinha, de 22 anos, que chegou à final jogando com a também baiana Florzinha. “É uma sensação de realização, né? É um sonho de criança que se tornou realidade. Estou muito emocionada, eu nem acreditei, acho que alguém precisa me beliscar pra eu ver se é real”, conta.
A avaliação das rodas ficou a cargo de três mestres consagrados da capoeira, cada um representando um segmento: Mestre Nenel (Regional), Mestre Maurão (Contemporânea) e Mestra Nani (Angola). A curadoria dos participantes foi realizada por um time de mestres convidados, com validação dos jurados e do curador oficial do evento, Mestre Sabiá.