Iniciativa pioneira para mulheres interessadas na área de programação de games começa no dia 29 de outubro.
A capacitação de jovens mulheres para a indústria de games é o objetivo do projeto Girl Games, que se inicia em São Paulo. As aspirantes a programadoras de jogos são de seis países: Alemanha, Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia e Peru.
O Goeth Institut São Paulo, em cooperação com a revista internacional Sofa organizarão, de 29 de outubro a 10 de novembro, um code-a-thon para mulheres. Ou seja, uma vivência de duas semanas voltada para o aprendizado prático de programação e desenvolvimento de jogos digitais.
O programa, que acontece no Ebac (Escola Britânica de Artes Criativas) reunirá treze participantes na faixa dos 20 anos de idade sob a direção das curadoras Ricarda Messner (Alemanha) e Caia Hagel (Canadá), ambas editoras da revista Sofa. As selecionadas se organizarão em equipes para criar games de temáticas femininas e de narrativas atuais.
Durante essa intensa vivência, serão promovidos encontros diários com mentores locais e internacionais, como Brie Code (diretora-fundadora da Tru Luv Media) a fim de inspirar a criação de roteiros e estimular o crescimento profissional entre as participantes.
Code é desenvolvedora de games e já trabalhou na série “Assassin’s Creed”. Ela será a responsável pelo discurso inicial no dia 30 de outubro, abrindo discussões sobre a utilização de games para imaginar o futuro que desejamos.
Além deste workshop para mulheres, o Girl Games inclui a parceria com a Women Game Jam, que acontecerá no Goethe-Institut São Paulo de 2 a 4 de novembro (sexta até domingo). Quarenta mulheres presentes há mais tempo na cena dos games estarão presentes junto com as treze participantes do projeto , para desenvolver jogos digitais durante as 48 horas do evento.
Atualmente 51% do mercado consumidor de games compõe-se de mulheres. Entretanto, as garotas, suas histórias e seus universos continuam marginalizados neste universo, voltado sobretudo para jogadores homens.
O projeto Girl Games coloca os holofotes nas mulheres e em suas experiências culturais, sociais, políticas e econômicas. A iniciativa pretende estimular as visões de futuro dessas garotas, empoderá-las e amplificá-las no universo das plataformas de games, promovendo assim uma nova economia.