Experiência de Marca

O Mês da Mulher chegou. Temos o que comemorar?

Ações promocionais são realizadas, o comércio aquece um pouco as vendas com a data comemorativa, mas, e os direitos das mulheres?

Ações promocionais são realizadas, o comércio aquece um pouco as vendas com a data comemorativa, mas, e os direitos das mulheres? Será que estão sendo realmente respeitados? Um mês basta para que elas sejam lembradas?

Muito se fala do empoderamento feminino. Durante o Mês da Mulher, a mídia se lembra disso. Cita nomes de mulheres que venceram em suas carreiras profissionais, das que conseguiram se libertar do assédio moral e sexual no trabalho, e tantas outras conquistas que pareciam ser difíceis de serem alcançadas.

Mas, o que podemos esperar a partir de agora? Afinal, a vida segue, e parece que todas as homenagens que são prestadas às mulheres são deixadas de lado, e é preciso muita até que elas tenham realmente os seus direitos resguardados.

O número de mulheres que ocupam altos cargos em empresas de todo o mundo subiu, tendo em vista números anteriores.

Porém, ainda há muito para se fazer, principalmente no Brasil, que junto com outros países da América Latina, estão abaixo da média mundial. Isso sem falar nos salários, que, em muitos casos, ainda continuam sendo menores que os dos homens.

Enquanto a média mundial fica em torno de 24%, o Brasil está abaixo, tendo apenas 19% de mulheres em altos cargos. E se formos analisar a América Latina como um todo, os números são ainda menores, apenas 18% das mulheres estão em cargos de alto escalão.

Entretanto, temos muitos exemplos de superação para destacar, afinal, existem muitas brasileiras que se dispõe a lutar pelos seus objetivos e alcançam grandes cargos ou conseguem sucesso em seus próprios negócios.

Em contrapartida, temos muitas mulheres ainda sendo vítimas de violência doméstica e assédio moral e sexual no trabalho, e poucos casos vêm à tona, afinal, se não envolver pessoas famosas, como as atletas da equipe de ginástica americana que foram molestadas pelo médico da equipe Larry Nassar (hoje preso graças às denúncias), e as atrizes de Hollywood que denunciaram o produtor Harvey Weinstein, os demais casos muitas vezes sequer ficamos tendo conhecimento.

O médico Seleção Americana de Ginástica, Larry Nassar, foi preso após denúncias de várias atletas.

Com a força das redes sociais, as mulheres parecem que estão mais unidas e os abusos contra elas estão ganhando mais destaque. Dificilmente a mídia tradicional divulgaria um caso de agressão contra a mulher, no entanto, atualmente, essa triste realidade caiu no gosto do jornalismo.

Ninguém gosta de ler ou ver esse tipo de notícia. É inadmissível que em pleno Século XXI as mulheres ainda estejam apanhando de seus companheiros. Mas, se esses casos de violência não forem divulgados, dificilmente teremos a condenação dos culplados. Nessa hora, quanto mais mídia tiver em torno do assunto, maiores serão as chances delas diminuírem.

Com a união das mulheres mostrando a sua força, deixando claro que “Não é Não” e que o respeito está acima de tudo, certamente chegará o dia em que não veremos mais na mídia notícias de violência contra elas.

Sendo assim, chega de comemorar o Mês da Mulher distribuindo florzinhas. As mulheres precisam de respeito, de terem salários iguais ao dos homens na mesma profissão, têm o direito de falar o que pensam e fazer da sua vida o que quiserem.

Que continue a luta, independente do mês que for!