Experiência de Marca

Não prometo nada...

Primeiro texto do Tony Coelho para refletirmos 2017

E ano mal começou e tem gente prometendo, ainda, o “imprometível”.

Eu prometi a mim mesmo que esse ano não criticaria os que vivem de promessas, mas vi que eu mesmo estava prometendo o impossível.

Promessas, que não sejam as de crença religiosa e as de caráter pessoal, que visam a saúde física e mental, aquelas que fazemos para limpar nossa barra da incompetência pessoal e profissional, as que prometemos para melhorar nosso comportamento e resultados nos negócios são mentiras que ajudam o nosso fracasso e postergam o limite do fim.

Daí, prometa fidelidade a você, a suas crenças e sonhos. Seja racional na medida exata de quem busca sucesso com base na felicidade e passional para sua loucura sadia. E FAÇA, sem prometer nada.

Lendo um belíssimo texto de Ruth Manus, onde ela mostra que os modelos de sucesso profissional e pessoal que nos foram impostos por gerações seguidas faliu, não é, nem nunca foi verdade. Me dei conta disso.

Nossos avós garantiam a nossos pais que a felicidade era ter uma família estruturada, “um bom casamento, filhos bem criados, comida na mesa, lençóis limpinhos, mas ainda não havia tanta guerra de ego no trabalho e tantas metas inatingíveis de dinheiro a cumprir.”

Nossos pais quebraram a ideia plantada por nossos avós e criaram a “geração do divórcio e fundaram a ideia de que o modelo de sucesso infalível estava na carreira sólida, dinheiro no banco, emprego fixo e que garante aposentadoria.” 

Para isso criaram em nós a ideia de “estudar, investir e planejar para ser feliz…” E… deu tudo errado de novo.

Por quê? Porque essa não era a fórmula do sucesso, era a do stress, a de “ter que ser”, que prometer que seríamos estáveis no mundo e na época da mais fantástica instabilidade. O mundo andava por suas regras reais.

Não era ter casa, ter filho, emprego, estabilidade, sucesso, dinheiro o problema, nem a solução, porque tudo isso eram promessas internas, atávicas, feitas todo ano a nós mesmos. 

Não dava certo, a conta não fechava e… perdemos… saúde, ganhamos o stress, a depressão, a síndrome do pânico.

O incômodo para nós veio na forma, no rosto e na ação de quem nada prometia. De quem abria, e abre, mão só para viver bem, saudável,… pra ser FELIZ.

Aí surge o amigo que pede demissão do cargo de Diretor da Agência para viver um ano sabático. Do que abandona a multinacional para vender hambúrguer no truck, do que vai para fora do País para ser trainee, da amiga que vai estudar moda para costurar vestidos, da que vai cozinhar e vender bolos sem glúten, do criativo que vai criar games…

E a gente, no fundo, pensando, meio que torcendo mesmo, “vai se dar mal, não é estável, não é seguro”, para se assustar quando os encontramos… sorrindo.

E as promessas, as nossas? Eles ganham menos. Mas vivem mais. Vivem juntos, trabalham no coworking, dividem e plantam.

Empreendem no Marketing Multinivel, meu Deus, eles vendem… Vendem! Nos trucks, nas startups, na Agência que não aceita receber em 60 dias, e faz pouco, mas é home, no freela cheio de trabalho e que recebe em dia, no passo atrás para o passo maior a frente. Eles acreditam.

Eles nos assustam porque inovam, escolhem novos caminhos e soluções. E nós só queríamos, o nosso dia igual de cada dia, de todo ano.

Eles se renovam na humana convicção de que “tudo vale a pena quando a alma não é pequena”.

Entenderam o Live Marketing na sua essência mais real. Vivem, ao vivo, no seu tempo, em tempo real, fazendo o que os outros querem, levando novas experiências que atraem gente, dinheiro e felicidade.

Não vale a pena o stress da guerra e da falta de ética. Não vale a pena viver reclamando e nada fazer. Não vale a pena prometer.

Se ajoelhou, tem que rezar, mas qualquer reza serve, desde que seja a sua.

Portanto, não prometo nada. Mas esse ano será diferente. Eu darei menos nãos, porque dei sim para mim mesmo. Eu estou fazendo e está acontecendo.

Pensando bem, 2016 foi muito bom. Porque se ele não fosse tão ruim como dizem eu talvez prometesse ser melhor em 2017, fazendo igualzinho ao que fiz em 2015, 2016 para mudar as coisas. Nada.

Mas ele me ajudou a fazer, ao invés de prometer, e eu vou te surpreender fazendo. 

Faça a sua parte, a sua, pra você. 

O mundo, as pessoas, o mercado, o Brasil agradecem.

Não, não, não prometa nada.

Vai ser feliz.

Tony Coelho