Depois de duas décadas de tramitação no Legislativo Federal, no final de 2010 entrou em vigor a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), amparada pela Lei 12.305.
Considerado mundialmente avançado, o texto prevê a “logística reversa”, em que os geradores do resíduo são responsáveis por sua coleta e destinação ambientalmente adequada. Até agosto de 2014, todos os lixões deverão ser extintos e será proibido descartar nos aterros sanitários qualquer resíduo passível de reciclagem ou reutilização.
Quase uma década antes da implantação efetiva da lei, a Francal Feiras, por meio de sua área de responsabilidade socioambiental, a Francal Cidadania, iniciou de forma pioneira no setor de eventos de negócios um projeto de Coleta Seletiva nos pavilhões. Desde então, a preservação ambiental tem sido uma prioridade da Francal Cidadania.
Geração de Renda
A coleta seletiva consiste na separação do material reciclável durante as etapas de montagem, realização e desmontagem de todas as feiras promovidas pela Francal ao longo do ano.
Numa área anexa ao pavilhão, os resíduos sólidos passam pela pré-triagem e, em seguida, são levados para o galpão das cooperativas de catadores parceiras – onde é feita a triagem, prensagem, pesagem e comercialização.
A iniciativa não só diminui a pressão exercida sobre os já saturados aterros, como também é revertida em renda para as famílias dos catadores ligados ao projeto.
Nos últimos anos, este trabalho vem sendo realizado sob coordenação do IBDN – Instituto Brasileiro de Defesa da Natureza, que também coloca monitores ambientais nos corredores para orientar expositores e visitantes sobre a importância do descarte correto do lixo, e adesiva os sanitários com lembretes sobre o desperdício de água.
Desde que implantou a coleta seletiva nos pavilhões, em 2005, a Francal Cidadania já encaminhou mais de 800 toneladas de resíduos sólidos para reciclagem. Somente no ano passado, foram 171,5 t.
Neutralização
Mais recente que a coleta seletiva, mas não menos importante, o projeto de neutralização do CO2 da Franca Feiras, também feito em parceria com o IBDN, vem colaborando para a preservação do meio ambiente.
Desde que foi implantado, em 2010, o relatório de sustentabilidade resultou em mais de 1.500 tCO2e (toneladas de Dióxido de Carbono equivalente). Para mitigar os efeitos da emissão já foram plantadas cerca de oito mil mudas de espécies nativas da Mata Atlântica no Parque Ecológico do Tietê, em São Paulo.
O relatório de sustentabilidade leva em conta vários itens relacionados à realização de todas as feiras do calendário da promotora: consumo de água e energia elétrica, meios de transporte e consumo de combustível, volume de papel gerado com material de divulgação, entre outros.