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Foz do Iguaçu é o Brasil na rota do X Games

Os X Games, maior campeonato mundial de esportes radicais, devem atrair mais de 20 mil atletas e um público estimado em 100 mil pessoas a cada edição anual.

Foz do Iguaçu é o Brasil nos X Games, em 2013, 2014 e 2015. O anúncio, feito pela rede de televisão ESPN Internacional e transmitido ao vivo para 175 países, às 11h (horário de Brasília) na última terça-feira (01/04), foi recebido com festa na cidade, que abriga as Cataratas do Iguaçu, uma das sete maravilhas da natureza, e a Usina de Itaipu, a maior do mundo em geração de energia.

No Brasil, Foz competiu com São Paulo e Rio de Janeiro e, em outros países, com cidades como Sydney (Austrália), Moscou (Rússia), Lisboa (Portugal) e Dubai (Emirados Árabes).

Os X Games, maior campeonato mundial de esportes radicais, devem atrair mais de 20 mil atletas e um público estimado em 100 mil pessoas a cada edição anual. As outras sedes são Los Angeles e Aspen, nos Estados Unidos, Tignes (França), Barcelona (Espanha) e Munique (Alemanha).

Um estudo feito em Los Angeles mostrou que só o retorno em imagem para uma cidade-sede dos jogos chega a US$ 50 milhões.

A torcida por Foz do Iguaçu começou cedo. Munidas com bandeiras e faixas, quase 200 pessoas se concentraram num restaurante do centro da cidade, para assistir à transmissão da ESPN.

O prefeito de Foz do Iguaçu, Paulo MacDonald Ghisi, autoridades locais e empresários do setor turístico e esportivo acompanharam o anúncio em telões espalhados no local.

Reconhecimento

Para o prefeito, a escolha foi mais um reconhecimento mundial à importância da cidade. “Depois da eleição das Cataratas do Iguaçu como uma das sete maravilhas da natureza (promovido pela fundação suíça New Seven Wonders), agora os americanos escolhem Foz para sede dos X Games.

E os americanos são extremamente rigorosos, sabem o que fazem”, afirmou Paulo MacDonald.

Para Gilmar Piolla, superintendente de Comunicação Social da Itaipu Binacional e presidente do Fundo de Desenvolvimento e Promoção Turística (Fundo Iguaçu), os X Games vão consolidar Foz do Iguaçu como um destino de esportes radicais e de ecoaventura.

“Nós temos todo um roteiro propício para isso, que inclui rapel, escalada, rafting nas cataratas e arborismo, por exemplo, que ganhará projeção nacional e, principalmente, internacional”, afirmou. “Depois dos X Games, o turismo de ecoaventura vai deslanchar”, completou.

Piolla lembrou que a cidade começou a ganhar projeção na área de esportes quando passou a sediar campeonatos de rafting e canoagem – a nível nacional, panamericano e mundial (dois campeonatos mundiais estão previstos para os próximos anos) – e com a Meia Maratona das Cataratas, que este ano passam a fazer parte do Circuito Ouro do Brasil e terão transmissão nacional ao vivo.

Alcance Mundial

Os X Games – ou Extreme Games – são produzidos pelo ESPN, canal americano de esportes que atinge 400 milhões de domicílios em todo o mundo. Os jogos são considerados uma olimpíada de esportes radicais, com disputas em quatro modalidades – moto, rally, skate e bike BMX – e 19 categorias.

Para Foz do Iguaçu, já em 2013 devem vir 15 categorias das quatro modalidades. As disputas serão no Parque Nacional do Iguaçu, na Usina de Itaipu e numa área em frente ao Centro de Convenções, segundo Marcelo Doria, da empresa BSB, especializada em negócios do esporte. Foi a BSB que propôs a vinda dos X Games para Foz, fugindo assim do eixo Rio-São Paulo.

Segundo Marcelo, a cidade conquistou os americanos da ESPN por sua boa infraestrutura – rede hoteleira, restaurantes, aeroporto -, pelo cenário natural e por fazer fronteira com dois países.

O secretário municipal de Esportes, Márcio Ferreira, ressaltou a mobilização dos setores públicos e privados na disputa para atrair os X Games. “Foz do Iguaçu, que já é reconhecida mundialmente como um destino contemplativo, agora também passa a ser também um destino de esportes radicais”.

A mesma opinião é compartilhada pelo secretário municipal de Turismo, Felipe Gonzáles, pelo presidente do Iguassu Convention & Visitors Bureau, Mauro Sebastiany, e pelo presidente do Conselho Municipal de Turismo, Paulo Angeli.

“A visibilidade que Foz do Iguaçu vai ganhar com esses jogos não tem preço”, disse González, atribuindo grande parte da conquista à Gestão Integrada do Turismo, “que proporcionou um trabalho de cooperação entre o poder público e a iniciativa privada sem igual”.

Para Sebastiany, enquanto as cidades brasileiras vivem pensando nos anos de 2014 (Copa do Mundo) e 2016 (Olimpíadas), Foz do Iguaçu agora pode se planejar para 2013, 2014, 2015 e 2016.