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Ford premia iniciativas de sustentabilidade com seminário

Além de inaugurar o modelo de fabricação em série no início do século 20, conhecido por Toyotismo, a montadora Ford também foi responsável por criar um dos primeiros veículos fabricados a partir de material orgânico, em 1941.

Além de inaugurar o modelo de fabricação em série no início do século 20, conhecido por Toyotismo, a montadora Ford também foi responsável por criar um dos primeiros veículos fabricados a partir de material orgânico, em 1941. Após 12 anos de pesquisas chefiadas por Henry Ford, foi possível criar um veículo 450 kg mais leve que os tradicionais da época com carroceria feita a partir de soja, cânhamo, sisal e palha de trigo. Naquela época, a inovação e a pesquisa já eram componentes importantes da operação da Ford, aliados à preocupação com o meio ambiente.

Ricardo Muneratto, gerente de Engenharia Avançada da Ford Brasil.

Apesar da história ser conhecida, o gerente de Engenharia Avançada da Ford Brasil, Ricardo Muneratto, relembrou o fato e contou outras novidades sobre o uso de materiais alternativos na produção de veículos da empresa, no 1o Seminário Ford de Sustentabilidade, realizado no dia 05 de dezembro no MAM (Museu de Arte Moderna) em São Paulo. O engenheiro mecânico de formação e especializado em criação avançada e desenvolvimento de produtos do setor automotivo também contou que 85% dos carros Ford são feitos a partir de PET reciclado. Na América Latina, essa composição aumenta para 100% dos carros produzidos. O material é utilizado no carpete do assoalho, forro do teto, caixa de roda e mantas de proteção acústica do motor. A fibra de sisal também tem sido utilizada para reduzir o uso de polipropileno (plástico) reciclado em peças moldadas e injetadas, como os painéis dianteiros e componentes das portas dos veículos.

John Viera, diretor global de sustentabilidade, meio ambiente e segurança da Ford.

Já o diretor global de sustentabilidade, meio ambiente e segurança da Ford, John Viera, falou que o tema é um dos quatro pilares do negócio da empresa, ao lado de segurança, design inteligente e qualidade. Na atitude socioambiental, são três principais atuações: eficiência de combustível e redução da emissão de gás carbônico (CO2); introduzir cada vez mais materiais reciclados e renováveis; e a qualidade do ar interior dos veículos.

Uma das principais iniciativas são os carros elétricos. Até 2012, a meta é comercializar os veículos híbridos (combina motor a combustão com motor a bateria); plug-in híbridos (podem ser abastecidos na tomada) e totalmente elétricos. Para 2020, a intenção é disponibilizar veículos movidos a hidrogênio.

O encontro também premiou os vencedores do 16o Prêmio Ford de Conservação Ambiental, que distribuiu R$ 100 mil aos melhores trabalhos de proteção à natureza e da biodiversidade realizados no Brasil. Foram 197 inscrições realizadas este ano para sete categorias: conquista individual, negócios em conservação, ciência e formação de recursos humanos, meio ambiente nas escolas, fornecedor e distribuidor (subdividida em automóveis e caminhões). Desde 1996, a Ford já premiou mais de setenta personalidades e entidades dedicadas às causas ambientais, somando cerca de dois mil e duzentos projetos inscritos, provenientes de todas as regiões do Brasil.

Por Letícia Born. Esta reportagem foi publicada originalmente no portal Com:Atitude, e agora no Promoview, de acordo com parceria que os dois portais mantêm.