É notório o quanto a Mostra de Cinema de Tiradentes tem se empenhado nos últimos anos para revelar o que de mais novo e arriscado há na produção audiovisual contemporânea.
E se há um segmento dentro dela que se dedica especialmente à tarefa de apostar é a Mostra Aurora. Mesmo que ainda haja espaço para crescimento, o cinema produzido pela nova geração de diretores em Minas Gerais anda muito bem na fita.
Entre os sete filmes que concorrerão ao Troféu Barroco e ao Prêmio Itamaraty, no valor de R$ 50 mil, quatro são realizações do Estado. O que têm em comum é a faixa etária dos realizadores, ao redor dos 30 anos de idade. Fora isso, são longas experimentais, fantásticos, comédias e documentários sobre temas variados. Os modos de fazer também são muito distintos.
Aos 33 anos, estreará nas telas de Tiradentes com o longa-metragem “A mulher que amou o vento”. Classificado como experimental, o filme nasce de um estudo a respeito da imagem.
Ao narrar uma trama inspirada no mito de Flora e Zéfico, Moravi nos diz que toda imagem carrega em si algo de invisível. Em busca de outros sentidos para o que não é visto, conta a história de uma mulher que se apaixona pelo vento. “Ele tem uma composição bem pictórica e flerta muito com essa coisa das artes plásticas”, adianta.
A Mostra de Cinema Tiradentes acontece entre os dias 24/01 e 1º/02, em Tiradentes. A entrada é gratuita. Mais Informações :www.mostratiradentes.com.br.