Pesquisa recente encomendada à Fipe – Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, após parceria entre a Ubrafe – União Brasileira dos Promotores de Feiras, o Sindiprom/SP – Sindicato de Empresas de Promoção, Organização e Montagem de Feiras, Congressos e Eventos do Estado de São Paulo e o Sindieventos – Sindicato Interestadual dos Trabalhadores, Empregados, Autônomos, Avulsos e Temporários em Feiras, Congressos e Eventos em Geral e em Atividades Afins de Organização, Montagem e Promoção no Estado de São Paulo e Rio de Janeiro, revelou dados sobre a movimentação do mercado hoteleiro durante a realização de feiras de negócios na Capital paulista.
De acordo com o estudo, são ocupadas, em média, cerca de 18 mil unidades por dia – mais de 6,5 milhões de unidades habitacionais por ano – só na Capital. Os números representam cerca de um terço dos quartos existentes na cidade, chegando à metade se considerada a base efetivamente ocupada nos hotéis.
As informações foram passadas pelo presidente executivo da Ubrafe e Acadêmico da Academia Brasileira de Eventos e Turismo, Armando de Campos Mello, durante reunião do Colégio Acadêmico no dia 11/12, em evento promovido pela Academia, em São Paulo.
Mello apresentou ainda outros dados revelados pelo levantamento, que apontou que o mercado de feiras de negócios movimenta, na cidade, cerca de R$ 16,3 bilhões anuais. “Esse dado contempla todos os processos diretos e indiretos que envolvem a realização das feiras e dos congressos. Nós não contabilizamos o volume de negócios desses eventos”, afirmou.
O estudo também revelou que das cerca de 800 feiras de negócios que a cidade recebe por ano, 202 são realizados em pavilhões, 321 em centros de convenções, 196 em hotéis e o restante em outros locais, com público somado em mais de oito milhões de visitantes.
Além do segmento hoteleiro, impacto grande também no setor de alimentação, com gastos de R$ 550 milhões apenas com visitantes não residentes de São Paulo e um total de 38 milhões de refeições/ano.
No turismo, os gastos com o transporte até o local do evento somam R$ 2,56 bilhões. São mais 5,2 milhões de trechos aéreos nacionais e 191 mil internacionais, com R$ 1,8 bilhão movimentado só nos trechos nacionais para a participação em feiras de negócios em São Paulo.
A movimentação em transporte local chega a R$ 60 milhões com ônibus e vans e R$ 65 milhões com a locação de carros.
A pesquisa mapeou todos os agentes envolvidos direta ou indiretamente no setor, como organizadores e promotores de eventos, pavilhões, expositores e fornecedores (montagem, serviços e produtos), além do impacto na hospitalidade, alimentação, transporte aéreo, transporte terrestre, compras e entretenimento na região metropolitana de São Paulo.
Academia Brasileira de Eventos e Turismo
A Academia Brasileira de Eventos e Turismo foi inaugurada em fevereiro de 2006 como Academia Brasileira de Eventos. Iniciativa inédita no País, surgiu da necessidade de nutrir o segmento com pesquisas e dados capazes de prever conjunturas, amparar crises e nortear ações no que se refere às tendências mundiais dos segmentos de turismo e eventos e suas reflexões no Brasil.
Tem como objetivo principal trazer, por meio de ações inéditas e programadas, a integração de esforços para a implementação do setor a nível nacional e internacional.
Composta atualmente por 35 acadêmicos efetivos e perpétuos, à semelhança de outras Academias no Brasil e no mundo, tem seu quadro constituído por profissionais notórios dos segmentos de marketing promocional, turismo de negócios, promoção comercial, transporte aéreo, hotelaria e outros.
Entre suas principais ações, instituiu o Dia do Profissional de Eventos, comemorado em 30 de abril.