De acordo com Mauro Bedaque, líder de entretenimento da empresa, o novo serviço contemplará monetização e espaço para criadores de conteúdo.
O Facebook lança nessa quinta-feira, 30 de agosto, o Watch, plataforma de vídeo anunciada no ano passado e até então em testes nos Estados Unidos, para todo o mundo. Isso inclui a chegada ao Brasil do serviço.
O Watch será uma aba nas páginas tradicionais da rede. “Desde o lançamento nos Estados Unidos, contabilizamos mais de 50 milhões de pessoas que assistiram mensalmente vídeos com menos de um minuto na plataforma.”, explica Bedaque. “O Watch é uma plataforma que contempla todo ecossistema: parceiros, produtores de conteúdo e quem queira oferecer conteúdo em vídeo de qualidade”, afirma.
Ainda de acordo com Maria Smith, diretora de gerenciamento de produtos do Facebook, com o lançamento global do Watch, a plataforma pretende apoiar publishers e criadores em duas áreas importantes. “Gerar receita com os seus vídeos no Facebook a partir de intervalos comerciais (Ad Breaks) e ajudá-los a compreender melhor o desempenho de seus conteúdos com o Creator Studio.”, explica.
Os Ad Breaks, principal forma de remuneração do Watch, inicialmente, não estarão disponíveis no Brasil. O formato inclui mid-roll, que traz anúncios durante o vídeo, e pre-roll, antes do seu início, além de anúncios em imagem diretamente abaixo do vídeo – sempre que um Ad Break for exibido, o publisher ou criador ganhará uma parte dessa receita. “Essa será a forma principal de monetização para os publishers e produtores de conteúdo”, diz Bedaque.
Questionado sobre parcerias com grandes produtores de conteúdo, como o Watch fez nos Estados Unidos, Bedaque ressalta que aqui não existirá essa mesma dinâmica. “O Watch é uma plataforma para que todas as páginas produzam conteúdo, inicialmente, lá fora, tivemos algumas iniciativas com a intenção de dar um boost na plataforma e experimentar e aprender o que funciona ou não”, explica Bedaque.
Nos EUA, o Facebook fechou parcerias com Vox Media, ATTN e Group Nine Media, e, segundo a Reuters, na ocasião do lançamento, a empresa estaria disposta a investir até US$250 mil por episódio, ou entre US$10 mil e U$35 mil para cada vídeo curto.
A função Creator Studio, essa sim estará disponível a partir dessa quinta-feira e permite que publishers e criadores de conteúdo gerenciem seu conteúdo em vídeo e possam interagir com os fãs acompanhando o desempenho do conteúdo em todas as páginas.