Gustavo Ernandes*
Dia desses estava em uma reunião de briefing durante um almoço com uma amiga e ouvi uma pessoa comentando com outra: – Você quer ser feliz ou ter razão? Bem, a pergunta me deixou intrigado para saber qual seria a questão em que elas estavam envolvidas e discutindo, mas na verdade essa não foi a real motivação dete texto. Como profissional do meio publicitário, há mais de 12 anos, eu fiquei pensando na pergunta em relação ao desenvolvimento de minha atividade durante todo esse tempo.
Marketing hoje é muito mais do que simplesmente utilizar as ferramentas disponíveis para divulgar, fazer girar um produto no ponto de venda ou desenvolver uma nova marca. Tantos processos foram criados e tantas estratégias desenvolvidas, mas ainda nos deparamos com situações absurdas e ficamos indignados com a aprovação ou não de determinados jobs.
A cada dia mais atividades são feitas por menos pessoas e isso é um fato corriqueiro em toda grande empresa, seja nacional ou multinacional. A consequência disso, é que o tempo ficou mais curto para as pessoas e uma decisão ágil pode ser a diferença entre o certo e o errado.
Ocorre que todo mundo hoje em dia entende de marketing e tem certeza que a sua estratégia é a certa, mas… Há casos claros de que o que vale é o cargo/posição de quem está à frente da decisão, mas ela nem sempre é certa. Se esse exemplo encaixa-se com o perfil do seu gerente/diretor, ele se mostra acima do bem e do mal e faz valer sua autoridade, a minha sugestão é ter paciência.
Nesse caso, sua razão pode significar uma briga eterna, indisposição com seus pares e até o desligamento da empresa, com inúmeras justificativas por parte do “patrão”. Então a opção é administrar argumentando com fatos e dados relevantes o processo para tentar reverter à situação. Mas se nada resolver, o melhor é tentar um reposicionamento no mercado em busca de um ambiente mais agradável e que permita que você além da razão tenha o direito de ser feliz.
Se estiver se perguntando sobre a viabilidade disso, é possível sim você conseguir essa façanha, porque as estruturas e empresas também estão mudando, bem como as agências. De tempos em tempos as agências têm que se reinventar, mas atualmente o que está acontecendo é o contrário, é nítido que a estratégia de contratação job-a-job difundida as passos largos, nos últimos anos, vem sendo reavaliada num contexto onde as empresas começam a perceber que a “razão” (custos) não as têm deixado tão “felizes”(resultados).
O fee vem ressurgindo porque as empresas voltaram a perceber que a fidelidade e o conhecimento e vivência das agências em seus negócios podem fazer com que a “felicidade” reapareça aliada a “razão”. O mundo muda o tempo todo e é isso que nos faz diferente, a capacidade de se adaptar as situações que surgem a cada novo dia.
Do que serve ter uma agência para atender a você ou a empresa em que você trabalha se ela sempre tem razão e você nunca está feliz?
Fugir do lugar comum, propondo estratégias eficientes, atuando com transparência e focando nos resultados, sendo realmente uma agência, que faz a diferença, que busca a solução certa conciliando a “razão” e a “felicidade”.
Nos já escolhemos nosso caminho… E você, quer ter razão ou ser feliz?