PR tem finalistas no Prêmio Sebrae Mulher de Negócios

O Paraná tem três finalistas na etapa nacional do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios, um reconhecimento a histórias de empreendedorismo feminino marcadas pela superação e vontade de vencer.

A cerimônia de premiação deve reunir cerca de 250 pessoas na sede do Sebrae Nacional, em Brasília, no dia 5 de março, a partir das 9 horas. As paranaenses Marlene Aparecida Machado Cruz, de Carambeí; Silvia Maria Pereira, de Maringá; e Maria Lucia Silveira, de Cascavel, concorrem com outras 78 mulheres dos demais Estados brasileiros, nas categorias Produtora Rural, Microempreendedora Individual e Pequenos Negócios, respectivamente.

Foto: Studio Alfa.

Foi em 2011 que a família de Marlene Cruz recebeu uma notícia aterradora: com uma dívida de R$ 370 mil, acumulada ao longo de cinco anos, a única solução seria cessar a produção de leite da Chácara São João, fonte de sustento da casa.

Dedicada totalmente ao cuidado doméstico nos 11 anos anteriores, ela arregaçou as mangas, diante da sentença do marido “não conte comigo, porque não ajudo em mais nada relacionado à leiteria”.

Os anos de esforço e trabalho, que chegavam a 24 horas por dia no início, valeram a pena. Marlene negociou empréstimos, fez mudanças na estrutura da leiteria e no manejo e viu a produtividade subir de 600 para 1,5 mil litros diários. “Passei a ganhar bonificação por qualidade. Meu faturamento líquido mensal é de R$ 10 mil.”, comemora.

Mais do que suprir a necessidade de atividade física – para tratar problemas de coluna, que impunham dificuldades motoras –, a dança foi um bálsamo para a vida de Silvia Maria Pereira. O prazer encontrado na atividade ajudou-a a superar problemas no trabalho, a crise no relacionamento conjugal e acabou se tornando um empreendimento de sucesso.

Foi a dança que levou a maringaense a buscar formação superior e cursos do Sebrae. O sonho de abrir uma escola se concretizou de forma simples, na lavanderia de casa, com espelhos adaptados.

“Em um ano, nos vimos com fila de espera.” O aluguel de uma sede veio em 2012. “Tenho alunos e parceiros que estão comigo desde que abri a escola. Sinto orgulho por hoje influenciar outros a estudar. Duas alunas estão se profissionalizando.”, festeja.

Desde criança, Maria Lucia Silveira, a Lucinha, já sabia que seria estilista. “Ao olhar as vitrinas, eu pensava ‘um dia farei isso’”, recorda. O que ela ignorava é que a concretização do sonho de infância se daria quase por acaso.

Aos 17 anos de idade, quando foi comprar tecido para o vestido de formatura, deixou o vendedor impressionado com o modelo que desenhara. A pedido dele, ajudou a criar um vestido para uma cliente da loja e logo foi contratada para a função.