O desenvolvimento econômico experimentado pelo Brasil nas últimas duas décadas colocou o país na rota dos eventos de negócios.
Levantamento realizado pela União Brasileira dos Promotores de Feiras (Ubrafe) revelou que o setor vive um momento de recuperação das atividades, depois de um primeiro semestre de retração, e deve fechar o ano com 2.222 feiras de negócios em todo o território nacional.
Minas Gerais aparece como o segundo Estado que abriga mais feiras – ao tudo 362 -, 16,3% do total do país, ficando atrás apenas de São Paulo, com 612 (27,5%). O estudo Feiras de Negócios no Brasil mostra ainda que mais de 48% das feiras e exposições são realizados na região Sudeste.
Foto: Divulgação.
Em segundo lugar permanece a região Sul, como 30,6% dos eventos, seguida das regiões Nordeste (10,4%), Centro-Oeste (6,8%) e Norte (3,9%).
Para o diretor de negócio da Fagga, Rubens Slaviski, o Brasil já está consolidado como um destino de eventos internacionais. “Muitas empresas estão criando e trazendo eventos para o Brasil. Este é um movimento que começou há algum tempo, puxado pela grande visibilidade alcançada pelo País no Exterior.”, explica.
“A marca Brasil está valorizada. O País tem se preparado para receber grandes eventos, ainda que não seja na velocidade desejada. As feiras de negócios acompanham o mercado, então estão concentradas nas regiões Sudeste e Sul, mas percebemos um movimento em direção ao interior e, em especial, à região Nordeste, principalmente com eventos duplicados.”, completa Slaviski.
O eixo São Paulo-Rio de Janeiro-Minas Gerais continua concentrando não só o maior número de eventos como os de maior volume de negócios.
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Segundo o executivo, São Paulo atrai mais os eventos de negócios e equipamentos, em Minas o destaque é para o setor industrial e no Rio de Janeiro, os eventos de cultura e geradores de tendências, além da indústria do petróleo.
“Minas Gerais tem características muito próprias. Na Construir (realizada em agosto), feira do setor de construção, por exemplo, a versão mineira tem grande força nos equipamentos, já no Rio, se destacam os revestimentos”, afirma o diretor.
A Fagga 1 GL Events Exihibitions, empresa de promoção e organização de feiras do Brasil está no mercado há meio século. Atualmente realiza mais de 20 feiras por ano. Desde 2006, faz parte de um dos maiores grupos do setor de eventos no mundo, a francesa GL Events.
Em Minas Gerais a empresa é responsável pela Bienal do Livro, Construir Minas e começa nesse ano com a Estétika 2014. O Primeiro Congresso Científico Internacional de Estética pretende trazer palestrantes nacionais e internacionais e espera receber 500 participantes.
O Congresso já existe há 22 anos em São Paulo. Em paralelo, acontece a Feira Estétika 2014, com exposição de mais de 50 marcas, apresentando as tendências em serviços e produtos desta área.
“Pela primeira vez vamos fazer a o Congresso fora de São Paulo. Identificamos em Minas um público carente em volume que compensava o investimento no evento e estamos trabalhando a divulgação em todo o Estado.”, explica Slaviski.
“Minas Gerais tem uma boa infraestrutura e a diversidade entre as regiões pode oferecer oportunidades de diferentes formatos. Se de um lado a economia menos diversificada, baseada em commodities, em tese, diminui o número de eventos, de outro faz com os que acontecem tenham um volume muito grande em faturamento.”, finaliza o empresário.
