Jornada pelos continentes

Tudo sobre o Global Village, espaço inédito do Rock in Rio

Com 7.500m2, o local trará cenografias, atrações e culinária de vários países e regiões do mundo

A poucos dias da venda geral de ingressos, que inicia na quinta-feira, o Rock in Rio anuncia o line-up completo do Global Village. O espaço, inédito da Cidade do Rock, traz a música mundial, a diversidade e a multiplicidade cultural com cenografias e repertórios temáticos. Assim, reforça o compromisso do festival com a paz e por um mundo melhor.

Enquanto as ruas do Global Village recebem atrações que trazem tradições de alguns países, o palco do local trará nomes como Karan Aujla, Hermeto Pascoal, Anees, Noa Kirel, Angélique Kidjo e outros destaques. Para o vice-presidente artístico da Rock World, Zé Ricardo, o Rock in Rio é uma ponte para conectar pessoas e se descobrir. “Essa narrativa de conexão que o Rock in Rio assume tem uma mensagem subliminar que provoca as pessoas a buscarem sonoridades que não estão acostumadas a escutar. É esse encanto que vamos trazer para o Global Village”, explica o VP.

O line-up do espaço traz músicas do mundo de fora, além de trazer o Brasil como um grande exportador da world music. “Conseguimos fazer um recorte de curadoria que mostra um Brasil plural e diverso e com algumas provocações. O Global Village mal chegou na Cidade do Rock e já é possível observar toda a potência que possui”, diz o Zé Ricardo.

Ao longo de todos os dias de festival, o público que passar pelo Global Village vai se deparar com um espaço recheado de atrações. Nas ruas, durante o dia, acontecem apresentações de bailarinos e pernaltas que representam danças típicas de vários lugares do mundo. Entre os artistas de rua, também estarão um músico com acordeom francês e um mímico. Além disso, conta com shows que representam a savana africana, com um grande elefante cenográfico e seis percussionistas com instrumentos do mundo todo.

Cenografia temática

A nova área, que deve ocupar 7.500 m2 da Cidade do Rock, também vai proporcionar uma experiência imersiva totalmente inédita no festival, contando com uma robusta cenografia inspirada em ícones arquitetônicos de todo o mundo. No Global Village, as pessoas poderão andar por uma longa via, entrar em lojas e experimentar as riquezas gastronômicas de diversos países.

Um dos destaques será o espaço dedicado ao Brasil, representando a América do Sul, com elementos que retratam a essência única dos brasileiros. O local proporcionará aos visitantes uma autêntica experiência de boteco, imersa em sabores, sons e ritmos vibrantes, realçando a clássica roda de samba.

Por isso, o festival, em parceria com Diogo Nogueira, leva um projeto inédito do Clube do Samba para a Cidade do Rock. Por meio desta iniciativa, este importante movimento histórico será o responsável por comandar a programação musical desta área. Uma roda de samba composta apenas por mulheres vai receber convidados especiais, entre eles, o próprio Diogo Nogueira. Além disso, o cantor e compositor atuará na gastronomia e, juntamente com a Chef Raysa Marques, assina um cardápio especial.

Em outra área, o Global Village incorpora a atmosfera vibrante dos bares ingleses. Um charmoso e acolhedor pub oferecerá um ambiente formado com mesas e bancos de madeira rústica, iluminação suave e uma decoração que mistura elementos tradicionais com toques modernos. Por lá, um talentoso trio de jazz estará presente diariamente, encantando os presentes com uma música cativante e envolvente.

Confira todas as cenografias do Global Village:

Palco do Global Village

No Global Village do Rock in Rio, artistas de diversos ritmos se apresentam, proporcionando uma experiência cultural rica e diversificada. No dia 13 de setembro, a música urbana domina com Karan Aujla, cantor indiano famoso pelo álbum “BacTHAfuKUP”, como headliner. Katu Mirim, uma das principais rappers indígenas do Brasil, e Victor Xamã, representante do hip-hop manauara, também se apresentam.

No dia 14, a música instrumental ganha destaque com Hermeto Pascoal, multi-instrumentista alagoano, seguido por Mestrinho, que traz a música nordestina, e Amaro Freitas, pianista de jazz. Enquanto no dia 15, o cantor palestino Anees encerra a noite, precedido pela banda Terra Celta e a Orquestra Mundana Refugi, além de Larissa Luz, representante do afrofuturismo e afro-punk.

No segundo fim de semana, dia 19, Noa Kirel, artista israelense multifacetada, é a headliner, junto com a banda instrumental Bixiga 70 e o grupo Sambaiana. No dia 20, o “Dia Delas” apresenta Angélique Kidjo, vencedora do Grammy, seguida por Carminho, ícone do fado, e Juliana Linhares, que celebra as raízes nordestinas.

Enquanto no dia 21, o “Dia Brasil” traz Gang do Eletro e Suraras do Tapajós, simbolizando a fusão entre o eletromelody e as tradições indígenas. Shows temáticos como “Para Sempre: Bossa Nova” com Bossacucanova e “Para Sempre: Soul” com Banda Black Rio enriquecem o dia. Por fim, Angélique Kidjo retorna, acompanhada por Almério, Martins, e Lia de Itamaracá, a mais célebre cirandeira do Brasil.