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Feira de trocas promove economia solidária no DF

Na Escabau, não é permitido comprar nem vender, só trocar. O projeto é uma iniciativa da cooperativa socioambiental Trilha Mundos e tem o objetivo de promover os princípios da economia sustentável e solidária.

Há seis anos funciona no Distrito Federal uma feira de trocas, a Escambau, onde é expressamente proibida a circulação de dinheiro e a compra e venda de produtos. Os participantes levam coisas que não precisam mais e buscam algo que os interesse. Se conseguirem fechar negócio com o dono do objeto de desejo, a troca acontece.

O projeto é uma iniciativa da cooperativa socioambiental Trilha Mundos e tem o objetivo de promover os princípios da economia sustentável e solidária.

“É uma forma de inclusão social. Em uma feira onde não existe dinheiro, você pega algo que não usa mais e troca por outras coisas”, explica Cláudia Sachetto, organizadora da Escambau e diretora-presidente da Trilha Mundos. Ela destaca que a iniciativa tem ainda importância ambiental, pois o que não serve mais para um é reaproveitado por outro em vez de ser descartado.

Cláudia explica que 2012 é um ano especial, pois pela primeira vez o evento saiu do Plano Piloto, zona central de Brasília, e ganhou outras cidades do DF. “Conseguimos um patrocínio e este ano fizemos a Escambau em Taguatinga, Ceilândia e Guará”, informou, referindo-se às regiões administrativas que circundam a capital federal.

A última edição da feira no ano aconteceu no dia 24/11 em Brazlândia, a 50 quilômetros do centro de Brasília.

Para a ambientalista Sílvia Alcântara Picchioni, secretária executiva do Fboms (Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento), iniciativas como a Escambau são importantes por destacar o papel de reutilização das coisas.

“Você tem algo que não serve e para outras pessoas pode ser super útil. O produto não vai para o lixo fazer volume. O aspecto da solidariedade também tem que ser destacado. Não tem aquela coisa do lucro, há a sensibilidade de não precisar de alguma coisa e passar adiante. Aquilo vai estar sendo reutilizado e reduz-se o consumo”, analisa.