Orgulho da torcida gremista por mais de 58 anos, o Estádio Olímpico irá abaixo numa operação com tempo inferior a 30 segundos. A data, ainda não definida, depende da troca de chaves entre o Grêmio e a construtora OAS. Mas será num domingo, dia de menor movimento na cidade. Possivelmente em outubro.
Os detalhes para a implosão já vêm sendo tratados desde o início de novembro entre a prefeitura e a empresa gaúcha Ramos Andrade Engenharia, contratada pela OAS.
O responsável pela implosão será o engenheiro Manoel Dias, consultor com maior know-how no País. Ele participou das demolições da Penitenciária do Carandiru, em São Paulo, do Edifício Palace II, no Rio, e, mais recentemente, da Fonte Nova, em Salvador.
A partir desta semana, as reuniões entre prefeitura e Ramos Andrade se intensificarão. Na sexta-feira (28/06), Dias se encontrará em Porto Alegre com o prefeito José Fortunati, coordenador-geral do recém-criado grupo executivo Projeto de Demolição do Olímpico.
Órgãos como secretarias de Obras, Urbanismo, Planejamento, Meio Ambiente, DMLU (Departamento Municipal de Limpeza Urbana), DEP (Departamento de Esgotos Pluviais) e Dmae terão representantes nos encontros com a empresa paulista.
Caberá a eles o estudo para a execução de toda a logística da operação, que envolve itens como ruído, poeira e vibração do solo. O objetivo é fazer da implosão uma operação rápida e silenciosa, que perturbe o mínimo possível a vida das pessoas.
Ficará com a EPTC (Empresa Pública de Transporte e Circulação) a orientação do trânsito nos arredores. Ainda não está definida a área que será interditada. É certo que, por motivos de segurança, moradores dos arredores deverão ficar fora de suas casas por um período mínimo de cinco horas.
O fato de ser realizado em etapas tornará a implosão mais rápida. Quando ocorrer a denotação dos explosivos, só estarão em pé a carcaça do estádio e a arquibancada superior. O resto da estrutura já terá sido demolido de forma mecânica.
É pouco provável que a parte que restar intacta da implosão seja utilizada no empreendimento imobiliário a ser erguido no local pela OAS. No caso da Fonte Nova, como se tratava de um novo estádio, foi possível usar parte do material não pulverizado na implosão.
Carlos Eduardo Paes Barreto, diretor superintendente da OAS/Arenas, prevê um período mínimo de 90 dias para que toda a estrutura do clube seja transferida para o Humaitá. Com isso, é possível prever que a implosão ocorrerá em outubro. Passados três anos, estará pronta a primeira torre do complexo imobiliário e comercial que será construído pela OAS no palco das maiores conquistas da vida do Grêmio.
Fonte: Luís Henrique Benfica/Zero Hora.