Experiência de Marca

E todo mundo faz marketing promocional. Será?

Quando alguma coisa vira “moda”, não é nada estranho que as pessoas sigam a tendência. Mesmo às vezes percebendo que a “moda” não é pra gente por falta de “competência”, de estilo, de possibilidades, de aptidão, às vezes de corpo mesmo, como é o caso da moda das roupas, por exemplo.

Quando alguma coisa vira “moda”, não é nada estranho que as pessoas sigam a tendência. Mesmo às vezes percebendo que a “moda” não é pra gente por falta de “competência”, de estilo, de possibilidades, de aptidão, às vezes de corpo mesmo, como é o caso da moda das roupas, por exemplo.

Pois então, marketing promocional virou MODA. Eu até admito que estava ansioso pra ver a nossa “praia” estar nas “paradas de sucesso”, meio que de vingança mesmo, mas, francamente, pensei que quando estivéssemos em evidência, as lojas de grife (os clientes), na hora de escolher os estilistas (nós) para planejar seus desfiles no “Fashion Mercado”, percebessem que para planejar esses desfiles é preciso mais que fabricantes de camisetas piratas ou neófitos modelistas performáticos.

Mas… não é que foi assim que aconteceu. Viramos remédio para os problemas de comunicação dos clientes. Mas aí apareceram os similares e os genéricos, todos propugnando que atingem os objetivos propostos da cura de graves problemas que vão da mediocridade de marcas aos desarranjos provocados pela Comunicação Integrada, prometendo milagres e dizendo nas bulas que fazem e acontecem.

Pô, mas nem na Anvisa (Ampro) eles estão ou passaram. Suas fórmulas vão de questionáveis a provocadoras de perigosos efeitos colaterais, quando não causam até dependência ilusória. Alguns mesmo usam fórmulas copiadas descaradamente de originais com longos anos de pesquisa, campo, aplicação e resultados comprovados ou contratam farmacêuticos promo para darem uma mexida nas suas fórmulas. É assim mesmo. O que fazer, é o tal do mercado.

Na contramão, ou será em contrapartida, os preços dos originais despencaram. Bom, num mercado competitivo, isso até é natural. O problema é que, como dissemos, remédios eficazes têm custos compatíveis com seus efeitos e resultados de cura, e se os genéricos e similares não são efetivamente testados, podem se tornar placebos perigosos, cujos resultados podem levar até a morte ou a mascarar a verdadeira doença de marcas, produtos e serviços.

Mas, chega de metáfora, porque meu texto de hoje decorre de dois fatos que vivi nas duas últimas semanas. O primeiro com um cliente antigo que me chamou para uma concorrência, da qual participaram mais três agências conhecidíssimas, de ponta mesmo, para um evento que, até ano passado, tinha como budget 300k, mas esse ano oferecia a espetacular verba de… 70k para fazer tudo o que foi feito no ano passado.

Ê mágica! Me disse ao pé do ouvido, uma carinha que conheço e trabalha no cliente que uma agência de comunicação antiga deles agora estava fazendo marketing e propôs uma realocação de verbas, argumentando que gastavam muito com execução e que eles iam “tabular”, essa foi a palavra, o marketing promocional deles…?????

Declinei da concorrência, óbvio, mas as outras agências não sei. Mas se permaneceram serão responsáveis por um budget de 50k ano que vem.

Mas, o mais fantástico foi o que aconteceu na minha casa na semana passada. Minha auxiliar doméstica (chique heim) pertence a uma Igreja que resolveu fazer um evento para comemorar seus dez anos de existência. Aí, aproveitando o momento, convocou uma CONCORRÊNCIA.

Sabendo que minha auxiliar trabalhava na casa de dois profissionais de marketing promocional, resolveram nos dar a honra de sermos convidados a participar, junto com a ‘Glorinha Petrúcia Eventos’ e o ‘Salão Bodas Novas’ do embate, por um budget de… 15k.

Pra não magoar e parecer “metidos”, dissemos à Elisa (o nome de nossa secretária) que infelizmente não poderíamos participar da disputa, pois estávamos envolvidos com muito trabalho para a mesma época. Ela retrucou, quase chorou pedindo ajuda, pois queria muito que a festa fosse um sucesso e que ela mesma a faria se não participássemos. Então a Val resolveu dar uns toques nela. Explicou como fazer um check list e os cuidados que deveria ter com o evento, enquanto eu disse como desenvolver o tema conceitual e criei uma logo.

Bom. O tempo passou e ontem ela chegou radiante em casa. Havia saído o resultado da concorrência e ela havia ganho da Petrúcia e do Bodas Novas. Num misto de satisfação e preocupação a parabenizamos. Satisfação porque, de certa forma, também vencemos, preocupação porque já imaginávamos os pedidos de ajuda que poderiam vir. Meio que tirando o corpo fora falei:

– Boa Elisa. Pena que a gente não vai poder te ajudar por conta dos tais trabalhos – Ao que ela respondeu para nossa mais absoluta surpresa.

– Precisa não. Resolvi montar uma agência num quarto vazio no fundo lá de casa com a Creuza (amiga dela da Igreja). Já temos dois Jobs novos. – Com autoridade

Quase que eu perguntei se um deles era do meu cliente que está “tabulando” o seu marketing, mas deixei pra lá, porque, aproveitando a moda, tá todo mundo fazendo marketing promocional mesmo, né…