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Dança "treme" é a nova tendência do Pará

Mexer a cabeça, os ombros e o corpo acima da cintura, de forma “maluca” e ritmada, é a nova tendência das festas e do povo paraense. Surgido do seio da periferia há menos de um ano, a dança 'treme' promove modismo, adeptos e olhares curiosos por todo o País.

Mexer a cabeça, os ombros e o corpo acima da cintura, de forma “maluca” e ritmada, é a nova tendência das festas e do povo paraense. Surgido do seio da periferia há menos de um ano, a dança ‘treme’ promove modismo, adeptos e olhares curiosos por todo o País.

Os hits de tecnobrega das bandas mais expressivas do Pará recebem mixagem dos DJ’s e ‘explodem’ nas festas de aparelhagem, pontos de encontro da vida noturna de um Estado ávido por lançar novidades culturais, sempre no propósito de valorização da própria identidade.

Após projetar estilos musicais como o carimbó, lundú, xote santareno, calypso, tecnobrega e tecnomelody, o Pará absorve no ‘treme’ os movimentos de ombro e cabeça da dança “eskista”, da Etiópia. A versão amazônida também incorpora traços do break e dança de rua, com a liberdade da descoberta de novos passos.

O que comanda é a criatividade e imaginação dos “tremedores”, dançarinos  profissionais oriundos de áreas periféricas do Pará. Jovens entre 15 e 20 anos de idade, que usam e abusam de acessórios em LED, roupas com strass e muita tinta no cabelo.

A nova dança é pauta em programas de TV em nível nacional e é destaque em shows de artistas e bandas como Gaby Amarantos e Gang do Eletro.

A cantora paraense Gaby, destaque no Brasil há pelo menos dois anos, viu no ‘treme’ um potencial nos campos artístico e comercial, antes mesmo da “explosão” do ritmo. Tanto que em 2012 lançou seu primeiro álbum intitulado ‘Treme’.

Para o jornalista paraense Murilo Moura, esse novo estilo de dança produz um efeito positivo para o Estado. “É uma modalidade nova que a Gaby  já mostra ao Brasil em seus shows e programas de TV. Com isso, populariza as festas de aparelhagem com músicas de tecnobrega”, diz o jornalista.

Um dos destaques do ‘treme’ é o jovem Elymar Costa, conhecido como Ponga. Há um ano, o artista anima as festas do Pará no desejo de se tornar cada vez mais conhecido. “Sou considerado um dos melhores dançarinos de ‘treme’, em Belém. Minha inspiração é no cantor Michael Jackson. Adoro o carinho das crianças e dos populares. Eles me reconhecem por onde passo. É gratificante”, relata.

Outros tremedores  também sentem o “gosto” do sucesso: Allanzinho, Neguinho, Lorinho, Gayata e Costelinha. Como Ponga, são contratados pelas aparelhagens para apresentações exclusivas, e alguns já viajam em turnês por cidades como Rio de Janeiro, Macapá e Maranhão.

Em algumas escolas municipais e estaduais do Pará, o ‘treme’ foi inserido como atividade junto à Educação Física. As crianças disputam na ‘tremedeira’, a preferência dos colegas.