Para alcançar o lugar mais alto do pódio nas provas de corrida, um atleta precisa ser rápido e ter muita habilidade para completar o percurso no menor tempo possível e assim conquistar a tão desejada medalha de ouro.
No projeto social “Correndo para o futuro”, a regra é praticamente a mesma, mas além de buscarem um primeiro lugar nas pistas, os integrantes também lutam por uma posição melhor na vida.
Muito mais do que praticar esporte e ter uma vida saudável, o projeto, coordenado pelo professor de Educação Física e fisioterapeuta, Marcelo Conceição, mostra aos participantes a importância dos estudos na busca por um futuro digno.
Foto: Evandro Seixas.
O “Correndo para o futuro” existe há dois anos e meio, e atualmente conta com a presença de 20 meninos, que se encontram pelo menos três vezes por semana no Parque dos Bilhares, Zona Oeste.
No local, além de Marcelo Conceição, eles também são orientados pelo professor de Educação Física, Fábio Santos. E ainda contam com instruções da nutricionista Raphaela Cabral, da assistente social Artemis Costa Pinho e da psicóloga Amabel Batista.
Marcelo Conceição é de Feira de Santana (BA). Quando adolescente também fez parte de um projeto social, o “Craque de bola”, onde iniciou as atividades no atletismo. Foi o esporte que o trouxe para Manaus, que lhe deu uma profissão e a vontade de retribuir o que fizeram por ele um dia.
“Cheguei a Manaus em 1998. Vim para treinar na Vila Olímpica e nunca mais saí daqui, voltei à Bahia apenas para passear. Estudei, me formei em Educação Física e consegui criar o “Correndo para o futuro”, um projeto social para ajudar meninos carentes a tornarem-se cidadãos. Ou seja, tentar fazer o que fizeram por mim no ‘Craque de bola’, onde descobri como o esporte pode mudar a vida de uma pessoa”, comentou Conceição.
Apesar da força de vontade, criar algo para ajudar o próximo não é tão simples quanto parece. Para isso, o coordenador conta com algumas parcerias, mas infelizmente, durante esses mais de dois anos ainda não conseguiu encontrar um grande patrocinador.
“Hoje nós temos o apoio da Laghi (Engenharia e Construtora de Projetos), que nos ajuda com algumas camisas, da Água Crim, Eletricam e da Toya, que fornece o iogurte para o lanche dos meninos. Nós até gostaríamos de ter mais pessoas participando do projeto, mas infelizmente não temos condições, pelo menos por enquanto, de atender um número maior.”, comentou Conceição.