Experiência de Marca

Clubes brasileiros em busca de patrocinadores

Desde o início do ano, Corinthians, São Paulo, Flamengo e Atlético-PR não conseguem assinar contrato com uma empresa interessada em ter a marca vinculada com o clube.

Clubes com bastante torcida em suas cidades e no País, e com títulos brasileiros no currículo. Na teoria, uma missão fácil para encontrar um patrocinador master, aquele que aparece na frente da camisa. Mas, na prática, não é isso que está acontecendo.

Desde o início do ano, Corinthians, São Paulo, Flamengo e Atlético-PR não conseguem assinar contrato com uma empresa interessada em ter a marca vinculada com o clube. De acordo com os especialistas em marketing, isso acontece porque os times pedem um valor muito alto para concretizar o vínculo.

Mesmo estando na final da Libertadores da América, o Corinthians encontra dificuldades para encontrar um patrocinador master (Foto: Daniel Augusto Jr./Fotoarena).

“O mercado ficou mais exigente e as empresas estão pensando antes de entrar em um acordo. Elas questionam o valor e o retorno que é dado. A quantia pedida é fora de qualquer propósito e, se continuar assim, daqui para frente vão ter menos empresas dispostas a pagar isso”, acredita Erich Betting, fundador do site Máquina do Esporte, especialista em marketing esportivo.

Ele acrescenta que as parceiras precisam colocar mais dinheiro para promover ações que facilitem a aproximação com o torcedor. Fábio Wolff, da Wolff Sports & Marketing levanta um outro aspecto. Muitas vezes, as patrocinadoras não sabem utilizar da melhor maneira a associação com os timesde futebol.

“Um contrato de patrocínio é muito mais do que estampar a marca na camisa e pegar convites para os jogos”, disse.

Apesar do argumento de que os valores pedidos estão altos, os clubes batem pé em relação ao que querem para ter um patrocinador master, uma das principais fonte de arrecadação para um time.

“O São Paulo não está conseguindo fechar (patrocínio), mas está mantendo as suas bases, pois você tem que valorizar o seu ativo”, comenta o vice-presidente de Comunicação e Marketing , Júlio Casares.

O vice-presidente de futebol do Corinthians, Luis Paulo Rosenberg, minimizou a perda para os cofres. “Tenho uma arrecadação de R$ 250 milhões, se eu passo dois meses sem patrocínio não é uma tragédia. Preferia estar com ele no caixa, mas não é o que ocorre hoje”, contemporizou o dirigente do Timão, que terá a Iveco, como patrocinador pontual para a final da Taça Libertadores da América.

Fonte: Máquina do Esporte.