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Fórum Lide debate a transformação da relação entre empresas e consumidor

Futuro dos segmentos foi o tema central do 8º Fórum Lide do Varejo e Marketing, promovido no fim de semana, em São Paulo.

No último fim de semana, presidentes e executivos das maiores companhias do Brasil se reuniram para debater “As transformações globais e seus impactos no marketing, varejo, e no consumo brasileiro”, durante o 8º Fórum Lide do Varejo e Marketing , um dos mais importantes eventos do segmento no país. 

Promovido pelo Lide – Grupo de Líderes Empresariais, o encontro aconteceu de maneira híbrida no Hotel Unique, na Capital paulista – seguindo rígidos protocolos de saúde, e com transmissão pelo canal do YouTube, a TV Lide. 

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Painéis e debates compuseram a programação do evento, que contou com a curadoria e mediação de Marcos Gouvêa, do Lide Comércio, e de Marcos Quintela, do Lide Comunicação. 

O primeiro painel discutiu o tema central do evento. Na ocasião, a diretora de consumer health do Aché Laboratórios, Elizângela Kioko, destacou que a pandemia exigiu uma transformação para atender o médico no ambiente digital e trará uma mudança futura nas farmácias. 

Juliano Ohta – CEO da Telhanorte-Tumelero.

“Nós potencializamos o nosso canal digital, que já visitava o médico, e nos reinventamos para abastecer o médio e pequeno varejo. Com a pandemia, as pessoas deixaram de consumir nos grandes centros e passaram a consumir perto de casa.”, comenta Elizângela. 

“Enxergamos que o consumidor está muito mais volúvel. A solução é a retenção dos clientes, com a ampliação dos pontos de contato. O transacional tem que ser bem executado, mas a ligação emocional é a chave.”, acrescentou o CEO da Telhanorte-Tumelero, Juliano Ohta.

Para Roberto Giannetti da Fonseca, presidente da Kaduna Consultoria e vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil, o país deve ficar otimista com os cenários pós-Covid. “O nível de eficiência da comunicação digital passa a ser absoluto e a consciência do consumidor é um fator que melhora muito o futuro desta relação entre fornecedor e cliente.”

“Como a tecnologia e o digital transformam o mercado”, foi o assunto do Painel 2. Na apresentação, o diretor-presidente da VIA Varejo, Roberto Fulcherberguer, compartilhou que a companhia conquistou mais de 12 milhões de usuários em seu app durante a quarentena. “Mais do que um canal de venda, nós humanizamos o digital.”, diz. 

O vice-presidente de Operações de Loja, Multicanal e Expansão da Raia Drogasil, Renato Raduan, defendeu também o conceito que a omnicanalidade dá autonomia e prioridade ao cliente. “São os clientes que decidem onde, quando e como querem comprar.”, frisou. 

Seguindo o crescimento digital, a Petz também tem muito o que comemorar. “Nosso índice de omnicanalidade cresceu bastante. Quando abrimos uma loja física, aumentamos a loja on-line em seis vezes.”, destaca o CEO Sergio Zimerman. 

O terceiro painel teve como tema “A revolução nos meios de pagamentos e os impactos no comércio brasileiro” e trouxe a discussão dos benefícios da adoção do PIX, meio de pagamento do Banco Central do Brasil, pelos consumidores e varejistas. 

De acordo com Angelo José Duarte, chefe do departamento de competição e de estrutura do mercado financeiro do Bacen, “O PIX chega após o Banco Central perceber que existiam alguns gaps nos meios de pagamento, com modelos antigos – como o pagamento por cartão e boletos – que geram custos e fricções na hora da compra. Além de pagamentos pessoais, o PIX é feito também para pagamentos B2B, transações entre empresas e principalmente transações entre o governo e concessionarias de serviços públicos.”, explicou.

“A evolução dos meios de pagamento com identificação vai fazer com que o varejo tenha ainda mais uma conexão com o consumidor. Aquela figura do consumidor esperando no fundo da loja para o pagamento vai desaparecer.”, explica Marcelo Azevedo, CFO do Grupo Boticário. 

“Cada vez que gerarmos menos fricção para o nosso cliente, vamos ganhar este jogo, o cliente quer esta comodidade. O PIX vai contribuir muito neste processo.”, afirmou Rafael Furlanetti, sócio-diretor da XP Investimentos. 

Painéis interativos

Empresários e executivos trocaram experiências em cases em quatro painéis interativos – pequenos grupos no qual o participante tem a oportunidade de iniciar uma conversa-debate, com o objetivo de estabelecer um diálogo construtivo e de forma coletiva, para o estímulo às trocas de ideias, às novas soluções e aos negócios potenciais dos setores. 

Os temas e debatedores deste ano foram: “Repensando negócios com big bang financeiro”, apresentado por Silvia Vilas Boas, vice-presidente da Pernambucanas e Thiago Musa, country manager Latam da Qualys; “O que o digital pode ensinar para as lojas físicas” com Sylvia Leão, conselheira da TOTVS; “Mudanças com a reconfiguração dos shoppings centers”, comandado por Vander Giordano, vice-presidente institucional da Multiplan e “O que muda no varejo de alimentos com o crescimento da alimentação fora do lar”, coordenado por Helio Freddi, gerente-geral da Hirota Food Express. 

Os curadores e moderadores do Fórum fazem um balanço dos debates e aprendizados do evento. “Estamos discutindo ideias nesse fórum em um momento muito delicado, especial e importante. É um ato de muita bravura fazer um evento como esse. É disso que o Brasil precisa. Vamos ter que recomeçar.”, destaca Marcos Quintela, do Lide Comunicação. 

Para Marcos Gouvêa de Souza, do Lide Comércio, “O evento começou com a expectativa de se aprender muito e isso foi mais que superado. Falamos como a solidariedade, agilidade, foco nas pessoas e capacidade de se reinventar se tornaram parte dessa nova realidade. E o varejo está enfrentando a pandemia de forma criativa e inovadora, com novos negócios. Vivemos uma aceleração de 5 anos em 5 meses. Uma grande capacidade empresarial no setor do varejo.”