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Investimento no turismo mineiro vai esquentar o mercado

O programa vai injetar R$ 17,5 milhões no segmento, um dos mais atingidos pela pandemia do Coronavírus.

Os bastidores da comunicação mineira andaram agitados nos últimos dias. A semana começou quente com a boa notícia do programa de recuperação do turismo mineiro, anunciado pelo governador Romeu Zema. 

O programa vai injetar R$17,5 milhões no segmento, um dos mais atingidos pela pandemia do coronavírus. 

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Entre as ações do programa está previsto investimento de cerca de R$ 7 milhões em marketing, ações publicitárias, comerciais em diferentes mídias e parcerias com influenciadores digitais. 

Abismo 

De-acordo com o Anuário Braztoa 2021, divulgado pela Associação Brasileira das Operadoras de Turismo, o setor perdeu mais de R$ 290 bilhões e 397 mil empregos em 2020. 

A pandemia levou mais de 400 mil postos de trabalho formais. Os números são reforçados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). 

Já o relatório da Confederação Nacional de Comércio, Bens, Serviços e Turismo (CNC) aponta prejuízo de R$ 21,65 bilhões na cadeia do turismo mineiro, a terceira maior perda de receita do país. 

O estado só fica atrás de São Paulo (R$ 94,12 bi) e Rio de Janeiro (R$ 39,7 bi). O cenário é refletido até mesmo pela movimentação em aeroportos mineiros, que foi 57,7% menor em 2020 do que em 2019.

 

Reação 

No setor, o investimento em publicidade recuou 43% no primeiro trimestre de 2021 na comparação com o mesmo período de 2020, segundo a empresa de serviços de inteligência de marketing Warc. 

A previsão, no entanto, é de que todas as categorias devem aumentar o aporte em publicidade, com viagens e turismo (+ 19,5%) liderando o crescimento. O setor prevê investimentos no mercado publicitário e foco no turismo regional;

 

Boom

Durante o lançamento do projeto “Reviva Turismo”, o governador Romeu Zema disse acreditar que o setor turístico de Minas Gerais poderá ser mais ativo após a pandemia do que antes. 

“Podemos ter uma terceira onda da pandemia? Podemos. Eu, pessoalmente, julgo ser pouco provável, porque o processo de vacinação está avançando e temos previsão de que ficará mais célere em maio, junho e julho.”

“Temos cada vez maior número de pessoas imunizadas naturalmente, que adquiriram o vírus e, consequentemente, imunidade. Mas não podemos nos descuidar”, disse. 

 

Turista protegido

O governo lançou também o selo “Evento Seguro”, certificação de segurança sanitária para eventos de qualquer natureza no Estado, como shows e festas de casamento. 

O selo poderá ser solicitado por empresas e por realizadores independentes de eventos à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e não tem caráter obrigatório – isto é, eventos poderão continuar ocorrendo sem a certificação, desde que cumpram as regras do programa Minas Consciente ou as determinações locais de cada município. 

“Queremos dar mais segurança para quem faz o evento e para quem vai e tirar da clandestinidade o que está acontecendo. Sabemos que o problema são as aglomerações clandestinas, e as empresas que estão preparadas para receber o público com distanciamento, mesas, e não estão conseguindo, porque os clandestinos estão operando”, diz o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira. 

Ele explica que cada solicitação do selo será avaliada pela secretaria e que haverá fiscalização do cumprimento das regras. O selo poderá ser estampado nos ingressos do evento e no local de sua realização, por exemplo.

 

Rio-Minas

Para julho deste ano, está prevista uma parceria com a prefeitura do Rio de Janeiro e com empresas turísticas cariocas para oferecer descontos a turistas mineiros, em um esforço de estreitar laços do mercado entre Rio e Minas Gerais, de acordo com Oliveira. Haverá, ainda, ações publicitárias para que turistas cariocas ou que passam pelo Rio visitem as atrações mineiras.