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Disney explica protocolos para reabertura dos parques

Atrações voltam a funcionar com novos protocolos de segurança em 28 de maio e 5 de junho.

Os fãs da Disney World na Flórida e da Disneyland na Califórnia já sonham com a eventual reabertura dos parques num futuro talvez não muito distante. Mas, em um mundo que passou por uma pandemia, como será essa realidade?

Até o momento, há pouca certeza, mas algo é indiscutível: será um mundo diferente. Afinal, máscaras, lenços umedecidos e distanciamento social não faziam parte da experiência da Disney antes do fechamento dos parques, em março.

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Afinal, unir as pessoas é um dos principais marcos da Disney. Muitíssimas pessoas. E muito perto – dos restaurantes aos brinquedos.

Flórida

No dia 5 de maio, a Força-Tarefa de Recuperação Econômica de Orange County transmitiu ao vivo suas diretrizes para a reabertura dos parques temáticos de grande porte na área de Orlando (que abrange a Disney, a Universal e o SeaWorld).

A fase 1 da possível reabertura permitirá que os parques operem com 50% da capacidade, e a fase 2 aumentará isso para 75%. Em ambas as fases, qualquer membro da equipe com 65 anos ou mais será incentivado a ficar em casa.

As diretrizes sugeridas pelo governo incluem obrigar os parques a colocar marcas a cada dois metros em filas e ter funcionários limpando regularmente as superfícies.

Já as diretrizes obrigatórias estão cada vez mais internalizadas pelo público em geral graças às experiências nos supermercados e outros pontos abertos durante o período de isolamento:

• Todos os funcionários serão obrigados a usar máscaras faciais (não há menção do mesmo requisito para o público).

• Máquinas ou dispensers de álcool em gel sem toque disponíveis em cada entrada e catraca, bem como nas entradas e saídas de cada brinquedo e atração.

• Os parques devem limpar todas as trilhas, trilhos de brinquedos, caminhos e superfícies regularmente.

• Medições de temperatura devem ser feitas com os funcionários antes de cada turno (aqueles com temperatura acima de 38º C não devem entrar nas instalações).

E quando os parques poderão reabrir?

No dia 29 de abril, a força-tarefa recomendou que cada parque da Flórida tomasse essa decisão:

“Os parques temáticos e outros locais com essas dimensões devem desenvolver cada um seu conjunto específico e único de diretrizes, seguindo as recomendações do Centro de Controle de Doenças (CDC) dos EUA e usando as melhores práticas que protegerão a vida, a saúde e a segurança de seus funcionários e do público.”, disse o copresidente da força-tarefa Chuck Whittall. 

A força-tarefa tem como um dos seus membros Thomas Mazloum, vice-presidente sênior do Walt Disney World Resorts.

A força-tarefa também deu orientações sugeridas para hotéis em Orange County, incluindo a adoção de check-ins móveis, serviços de limpeza limitados e estacionamento feito pelos hóspedes, e não por manobristas.

As diretrizes obrigatórias incluem barreira de proteção em acrílico na recepção, a remoção de cafeteiras nos quartos e a disponibilidade de álcool gel nas entradas.

Califórnia

Pode levar ainda mais tempo para a Disneyland e outros grandes parques da Califórnia reabrirem, já que o Estado está demorando mais para retomar a economia do que a Flórida, por exemplo.

O governador Gavin Newsom divulgou um esboço das quatro etapas da reabertura da economia do Estado. Embora não tenha mencionado especificamente os parques temáticos, outros locais importantes, como casas de shows, centros de convenções e esportes com multidões, estão no quarto e no último estágio.

As reaberturas demorariam meses, pois um dos requisitos é que “a terapêutica tenha sido desenvolvida”, o que significa que esse estágio esperaria até que os tratamentos para a Covid-19 se tornassem disponíveis.

E como vai ser?

Até os parques voltarem a funcionar, é difícil saber exatamente como será a experiência do público. Com menos pessoas e menos lotação no início, os parques causarão reações muito pessoais: para alguns, pode parecer apenas como uma visita durante a baixa temporada; para outros, o vazio pode passar a sensação de que os parques perderam a energia e a animação.

Mesmo com menos pessoas, o tempo de espera pode não ser necessariamente menor, pois o público precisa ficar mais espaçado em filas, restaurantes e outros pontos.

O site Points Guy analisou algumas possibilidades para mudar as operações nos Parques da Disney.

• Mais filas virtuais: o aplicativo My Disney Experience permite que os clientes marquem um horário para entrar em uma fila e pode ser bem útil nesse momento.

• Suspensão ou regulamentação de desfiles e shows: os eventos populares, que geralmente reúnem muitas pessoas de uma só vez em uma área, podem não ser realizados ou organizados de maneira a espalhar as pessoas.

• Sem atrações pré-show: é possível que não existam mais apresentações menores antes do show, aquelas criadas exatamente para tirar a ansiedade da espera, pois elas também tendem a estimular a aglomeração de pessoas.