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Goiânia mostra perigos da automedicação em casos de dengue

No Dia Nacional do Uso Racional de Medicamento, comemorado nesta quinta-feira (5), UFG e PUC-GO buscam conscientizar população sobre uso de medicamentos contra doenças transmitidas pelo Aedes aegypt

Dados atualizados da Secretaria Municipal de Saúde mostram que neste ano, até o final do mês de abril, foram contabilizados mais de 45 mil casos suspeitos de dengue em Goiânia e dois confirmados de chikungunya. 

Em relação ao zika vírus, foram 1.551 notificações de suspeita de infecção desde setembro de 2015. 

Em vista deste quadro, o Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos, comemorado nesta quinta-feira (5), será lembrado em campanha no Shopping Estação Goiânia que visa a alertar a população sobre os perigos da automedicação em casos de suspeita dessas três doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypt.

A ação, desenvolvida pelas Faculdades de Farmácia da Universidade Federal de Goiás (UFG) e da PUC-GO e pelo Programa de Pós-Graduação em Assistência e Avaliação em Saúde da UFG, com apoio da Alexfarma, Farmácia Artesanal e Natupele, tem como tema: Zika e Dengue: Também é Possível o Uso Racional de Medicamentos. 

A finalidade é orientar a população sobre o uso de remédios nas emergentes epidemias de dengue, zika e chikungunya. A campanha será realizada das 9h às 19h e terá participação de professores e alunos das faculdades, que promoverão esclarecimentos sobre as doenças, o uso de repelentes e medicamentos homeopáticos, distribuindo flyers educativos, além de oferecer serviços de verificação de pressão arterial e glicemia com avaliação e orientação de uma nutricionista.

Como não existe um remédio para combater a dengue, chikungunya e zika, apenas os sintomas como dores e febre podem ser controlados por meio de paracetamol e dipirona, os quais só devem ser utilizados sob orientação médica ou farmacêutica. Medicamentos à base de ácido acetil salicílico não podem ser utilizados. “A automedicação, muitas vezes vista como uma solução para o alívio imediato de alguns sintomas pode trazer consequências mais graves do que se imagina, que vão desde efeitos indesejáveis até o óbito”, afirma a professora Dra. Nathalie Dewulf, da UFG.