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Santander patrocina a Galeria Claudia Andujar

O Instituto Inhotim acaba de inaugurar sua 19ª galeria permanente, dedicada ao trabalho da fotógrafa Claudia Andujar, nascida na Suíça e radicada no Brasil desde a década de 1950.

O Instituto Inhotim acaba de inaugurar sua 19ª galeria permanente, dedicada ao trabalho da fotógrafa Claudia Andujar, nascida na Suíça e radicada no Brasil desde a década de 1950.

Patrocinado pelo Santander, o pavilhão de 1.600 m² é o segundo maior do Parque e exibe mais de 400 fotografias realizadas pela artista entre 1970 e 2010 na Amazônia brasileira e com o povo indígena Yanomami.

Foto: Rossana Magri.
Claudia Andujar.

Andujar viveu temporadas na região e realizou diversas visitas posteriores. Ao longo dos anos, registrou o ambiente, as tradições e o contato dos índios com o homem branco. Para o evento de abertura, o Inhotim convidou dez lideranças indígenas para realizar uma pajelança durante o dia.

Dividida em quatro blocos, a exposição inaugural da galeria é resultado de cinco anos de pesquisa da curadoria do Inhotim em conjunto com Andujar no arquivo da artista. Grande parte das fotografias é inédita, como as séries Rio Negro (1970-71) e Toototobi (2010), esta última realizada durante uma assembleia da Hutukara Associação Yanomami.

Mesmo as imagens mais conhecidas da artista foram organizadas em séries amplas, que combinam fotografias icônicas a outras nunca antes ampliadas. Também será possível ver o maior conjunto já exibido dos registros que compõem Marcados. Trabalho mais reproduzido de Andujar, foi elaborado a partir de fotos feitas por ela para os cadastros de saúde utilizados pelas equipes de vacinação da região, numa tentativa de proteger os índios da dizimação por doenças até então desconhecidas por eles, como sarampo e poliomielite.

Para o diretor artístico do Inhotim e curador da mostra, Rodrigo Moura, Andujar está entre os raros artistas que conseguem, de forma poética, atribuir engajamento ao trabalho artístico.

“A singularidade e a potência da trajetória de Claudia Andujar vêm da construção de um trabalho com um poder efetivo de intervenção no real, porém feito de costas para o sistema de arte do Brasil. De certa maneira, seu trabalho diz que esse encontro com outro, essa busca da arte para a constituição da identidade, tanto do autor quanto daquele que é fotografado, só é possível se dar fora de um sistema codificado e de interesses imediatos, como mercado e celebridade. Essa visão ética é uma fonte de inspiração para as novas gerações.”, avalia.

Além das fotografias, fazem parte da mostra publicações de época, livros da artista e o documentário “A estrangeira”, produzido pelo Inhotim com direção de Moura. A partir de quatro entrevistas, realizadas em São Paulo, no Instituto e na aldeia Demini, no Amazonas, o filme conta a trajetória de Anjudar, desde a infância tumultuada pela Segunda Guerra Mundial até o envolvimento com os Yanomami e a causa indígena.

“Para o Santander, é uma grande satisfação estar em sintonia com as ações realizadas no Inhotim, considerado o maior centro de exposição de arte contemporânea no Brasil”, afirma Jesús Zabalza, presidente do Santander.

Projeto Arquitetônico

Com 1.600 m², a Galeria Claudia Andujar é o segundo maior espaço expositivo do Inhotim e é dividida em quatro prédios, que recebem blocos da exposição. O projeto é assinado pelo escritório Arquitetos Associados, de Belo Horizonte, parceiro recorrente do Instituto. São eles os responsáveis por construções premiadas do Parque, como a Galeria Miguel Rio Branco e o Centro de Educação e Cultura Burle Marx. A construção da Galeria Claudia Andujar se deu com o apoio do Banco Santander.