Experiência de Marca

Palmas comemora o sucesso dos Jogos Mundiais Indígenas

O evento contou com a participação de cerca de 1.700 atletas indígenas, sendo 1.129 de povos brasileiros e 566 de origem estrangeira. A segunda edição dos JMPI será realizada em 2017, no Canadá.

Ser palco da primeira edição dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas (JMPI) tornou Palmas uma cidade apta a receber qualquer evento. A afirmação foi dada pelo prefeito da Capital tocantinense, Carlos Amastha, ao assistir à cerimônia de encerramento dos jogos, no dia 31 de outubro.

Fotos: Junior Suzuki.

“Ninguém duvida mais da capacidade de Palmas para sediar grandes eventos. Os Jogos extrapolaram as expectativas, não só por movimentar a economia da cidade nesses dez dias, com hotéis e comércio lotados. É a parte imaterial que também ficou de importante. Agora, a imagem de Palmas será de uma cidade de todos os povos do mundo.”, declarou Amastha.

Mantendo o espírito de confraternização comum em todos os dias dos Jogos, as etnias promoveram um espetáculo de cores, ritmos e apresentações culturais, além de reafirmar o lema do evento: “O importante não é ganhar, e sim, celebrar”. As 24 etnias brasileiras e mais 23 povos de diversos países interagiram entre si e com o público de quatro mil pessoas que acompanhou o último dia na Arena, conforme balanço da Guarda Metropolitana de Palmas.

Para Marcos Terena, um dos articuladores dos Jogos, o evento marcou o compromisso da gestão municipal com o meio ambiente e com a valorização da diversidade cultural. “Quero ressaltar a importância do pacto firmado com Palmas em prol do cuidado com a ‘mãe terra’, para propagar um modo de vida que valorize nosso Planeta”, disse Terena.

A cerimônia reuniu todas as delegações no centro da Arena e contou com rituais e apresentações musicais. Os Kaiapó fizeram círculo ao redor da Pira dos Jogos, e, em reverência ao fogo – um dos elementos da natureza mais valorizados pela cultura indígena – dançaram e cantaram enquanto a chama era apagada.

Também no dia 31, foram realizadas a entrega das medalhas e as finais de três modalidades: arco e flecha, arremesso de lança e cabo de guerra.

Aprovação do público

O professor Michel Carvalho, que mora em Paraíso (TO), contou que ficou curioso em participar dos Jogos, depois que vizinhos e familiares relataram sobra a beleza do evento. "Não resisti e acabei vindo. Confesso que não esperava que estivesse tudo tão bonito. Fico arrependido de não ter vindo mais dias. Palmas está de parabéns.", disse o professor.

Para Gabryella Dulnik, voluntária dos Jogos, ter participado do evento, com a função de orientar e auxiliar na produção, foi marcante na sua trajetória profissional. Formada como técnica em Eventos, ela ressaltou a grandeza cultural dos Jogos: "Foi a experiência mais rica que já tive. Pude presenciar os primeiros momentos de integração entre as delegações, quando os portões ainda não tinham sido abertos. Foi emocionante. Os olhos do mundo ficaram voltados para Palmas.", afirmou a voluntária.

Os Jogos

A primeira edição dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas (JMPI) foi realizada pelo Comitê Intertribal Memória e Ciência Indígena (ITC), em parceria com o Governo Federal, Prefeitura de Palmas, Governo do Tocantins e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

O evento contou com a participação de cerca de 1.700 atletas indígenas, sendo 1.129 de povos brasileiros e 566 de origem estrangeira. A segunda edição dos JMPI será realizada em 2017, no Canadá.