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Mostra "Adeuses" está em exposição na Casa da Fotografia

A mostra, que tem curadoria do artista José Caruncho, reúne 51 fotos em preto e branco e vão levar os visitantes a uma viagem pelo Século XX, na região histórica situada a Oeste e Norte de Espanha.

Entre os anos de 1957 a 1963, o fotógrafo espanhol Alberto Martí registrou em sua máquina fotográfica crianças, adultos e idosos deixando a Galícia, comunidade autônoma espanhola, com destino aos países da América, especialmente Venezuela e Brasil.

Os sentimentos traduzidos nos rostos dos milhares de galegos nas idas e vindas da terra dos “adeuses”, como é conhecida a Galícia, é tema da exposição de Martí, que acontece de 16 de dezembro a 27 de fevereiro de 2016, na Câmera7 – Casa da Fotografia de Minas Gerais, l ocalizada na avenida Afonso Pena, número 737.

Fotos: Alberto Martí.

Realizada pelo Instituto Cervantes de Belo Horizonte e Embaixada da Espanha no Brasil em parceria com a Fundação Clóvis Salgado e Prefeitura de Belo Horizonte, a mostra, com curadoria do artista José Caruncho, reúne 51 fotos em preto e branco e vão levar os visitantes a uma viagem pelo Século XX, na região histórica situada a Oeste e Norte de Espanha.

A exposição "Os Adeuses" estrutura-se em três partes para retratar a migração: partida da Galícia, desde os portos de Vigo e da Coruña, que é um dos principais da Europa e um dos "corações" financeiros da Galícia, entre 1957 e 1963; o Buque Santa Maria – navio que transportava as pessoas que deixavam suas terras em busca de novos destinos; e o retorno de muitos galegos à comunidade espanhola.

“Até hoje, pouquíssimas fotos foram divulgadas sobre esse fato histórico, apesar de, na época, muitos fotógrafos terem acompanhado o tráfego humano nos portos. Porém, não há bem que possa ser guardado eternamente oculto. Com essa exposição do fotógrafo Alberto Martí, a migração dos galegos no Século XX pode ser agora conhecida e analisada.”, comenta o diretor do Instituto Cervantes BH Luís Javier Ruiz Sierra.

O diretor explica também que ao longo dos anos, Martí encheu a sua câmara fotográfica de figuras e de sentimentos, de esperanças e de tristezas. “Os seus protagonistas são anônimos, mas fundamentais para o entendimento da história coletiva da Galícia no Século XX.”, completa Sierra.