Mídia

Segundo estudo Shutterstock de Diversidade & Inclusão na propaganda

‘DE&I em Marketing: Um Relatório Global da Shutterstock’, traz as maiores tendências baseadas nas respostas de 2.700 profissionais de marketing.

Shutterstock, uma das maiores plataformas de bancos de imagens, vídeos e vetores, divulgou a edição 2021 do estudo DE&I em Marketing: Um Relatório Global da Shutterstock.

O relatório contém as opiniões e ações de 2.700 profissionais de marketing da Alemanha, Austrália, Brasil, Coréia do Sul, Espanha, França, Itália, Reino Unido e Estados Unidos a respeito da utilização de conteúdo de diversidade em ações publicitárias e o modo pelo qual os eventos planetários da atualidade impactaram suas decisões. 

“Nosso-estudo DE&I em Marketing engloba os eventos do último um ano e meio e como esses momentos históricos mudaram a forma como a diversidade vem sendo valorizada e priorizada nas decisões de conteúdo de marca”, declara Meeckel Beecher, diretor global de Diversidade, Equidade e Inclusão da Shutterstock.

“Apesar dos muitos momentos de isolamento social em todo o mundo, a criação de conteúdo se superou e a resiliência da criatividade prevaleceu. Não se pode negar que a mídia tem prestado mais atenção do que nunca aos movimentos culturais, aumentando a necessária conscientização, mas nosso objetivo era entender até que ponto isso realmente se refletiu no conteúdo. Defender os valores da diversidade, inclusão, representação e respeito nunca foi tão importante e urgente.”, acrescenta ele.

Impacto dos movimentos sociais em conteúdos variados

Já faz algum tempo que os profissionais de marketing têm recebido pressões para fazerem campanhas com maior representatividade.

No ano passado, movimentos sociais como Black Lives Matter e Stop Asian Hate trouxeram de volta à tona o debate no planeta inteiro e fizeram as marcas lançarem e elaborarem pactos antirracismo.

No mundo todo, cerca de dois terços dos entrevistados (63%) disseram que esses movimentos afetaram de maneira bastante significativa as decisões de conteúdo nos 12 meses anteriores.

No Brasil, a taxa foi maior: mais de sete em cada 10 (71%) profissionais foram afetados por tais debates, e mais de dois terços (69%) estão tomando cuidado para rebater o colorismo ao escolher modelos ou selecionar conteúdo para campanhas. 

Em 2019, no Brasil, quando foi feita a primeira versão do relatório da Shutterstock, 92% dos profissionais de marketing acreditavam que era esperado que eles trouxessem mais representatividade em suas campanhas. 

Neste ano, a porcentagem foi parecida (93%), o que mostra que a diversidade permanece como um dos grandes assuntos a serem tratados pelo mercado publicitário no país.

Além do mais, 92% dos brasileiros pensam que ainda é possível aumentar a utilização de conteúdo diversificado em suas peças. 

Ao redor do planeta, 65% dos profissionais de marketing estão de acordo que a diversidade racial e étnica é um fator crucial ao fazer o direcionamento do público da campanha.

Mas as conclusões também apontam que 44% dos entrevistados acham que pode ser difícil refletir de modo visual sua marca com a diversidade racial e étnica.

Pandemia afetou a criação de conteúdo localizado

As restrições a viagens internacionais que ainda permanecem em vários países e a execução de políticas de lockdown devido à pandemia de Covid-19 ainda causam impactos profundos na criação de conteúdo de marketing: 37% dos profissionais no mundo inteiro afirmam que sua capacidade de oferecer conteúdo variado foi impactada de modo significativo por causa das restrições.

No Brasil, essa taxa foi de 39%, ou praticamente 2 em cada 5 dos profissionais entrevistados – e 89% deles (quase 9 em cada 10) desejariam acessar mais conteúdo de diversidade. 

O efeito indireto sobre a criação de conteúdo fica evidente: um quarto dos profissionais de marketing (25%) em todo o planeta declara que não conseguiu criar conteúdo localizado para determinados mercados.

Isso fez com que mais de um em cada seis (17%) criadores violassem bloqueios – comprometendo sua saúde e se expondo a consequências legais – para permanecer produzindo conteúdo diversificado.

Marcas lutam para unir representação e autenticidade

Por conta dos eventos do ano anterior, mais de um terço (34%) dos profissionais de marketing acham que representar de forma precisa o planeta em que vivemos é a principal meta para o conteúdo utilizado em campanhas de marketing. 

Para os profissionais brasileiros, esse é o objetivo principal para mais de 2 em cada 5 entrevistados (43%) – um aumento considerável quando comparado com 2019, quando este nível era de 39%. 

Existe uma enorme vontade de que as marcas representem de maneira verdadeira o mundo em que vivemos mais do que o propósito de sua marca (34% contra 33%, respectivamente).

Mas, uma vez que os consumidores atualmente estão se relacionando mais com marcas autênticas, os profissionais de marketing precisam saber como assegurar que as campanhas também estejam conectadas às crenças e valores essenciais da empresa, ou há o risco de que elas sejam encaradas como falsas. 

Os profissionais de marketing disseram que a representatividade efetiva é a grande razão relacionada ao aumento do uso de conteúdo que apresenta casais do mesmo sexo (64%), modelos racialmente diversos (68%), pessoas com deficiência (60%) e modelos transgêneros (62%).

É animador se pensarmos que 75% dos profissionais de marketing compreendem a importância de esse conteúdo ser produzido de maneira autêntica pelo mesmo público-alvo – mais uma vez, o Brasil se destaca nesta preocupação do mercado: mais de 9 em cada 10 (92%) declararam que é importante usar conteúdo autêntico que tenha sido feito pelo mesmo público que desejam atingir com uma campanha.

Confira aqui o relatório completo.