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7-Eleven multada por mapas incorretos da China

O mapa apresentou a província de Taiwan como um país independente e não incluíam vários territórios e ilhas sob disputa.

A filial de Pequim da multinacional de lojas de conveniência 7-Eleven recebeu uma multa no valor de 150.000 yuans (US$ 23.500) por mostrar “mapas incompletos da China”, conforme com uma declaração oficial.

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O mapa exibido no site oficial do 7-Eleven Pequim “apresentou erroneamente a província de Taiwan como um país independente”, de acordo com informações do site oficial do Credit China.

Desde os mapas utilizados no site oficial aos que foram apresentados na entrada da empresa deixaram de incluir as representações das ilhas do Mar da China Meridional – que China disputas com diversas nações do Sudeste Asiático. 

Eles também não incluíam as disputadas Ilha Diaoyu e Chiwei Yu – as integram o território das Ilhas Diaoyu – sobre as quais a China declara ter soberania, mas que ainda estão sob o controle do Japão, onde são chamadas de Ilhas Senkaku.

As autoridades locais também encontraram linhas de fronteira retratadas de maneira imprecisa na área de Aksai Chin, no extremo oeste e sul do Tibete – ambas sob disputa entre China e Índia pela posse.

Fora o aviso oficial, a 7-Eleven Beijing recebeu uma multa de 100.000 yuans pelo mapa incorreto em seu site e 50.000 yuans pela versão off-line, conforme a decisão de 21 de dezembro da filial de Dongcheng da Comissão Municipal de Planejamento e Recursos Naturais de Pequim. .

A notícia da multa só foi anunciada pela mídia local nesta semana, e a 7-Eleven Beijing não respondeu às solicitações para que comentasse a situação.

Em conjunto, a 7-Eleven Beijing administra mais de 260 lojas em Pequim e mais de 140 na cidade vizinha de Tianjin, segundo é informado em seu site. A empresa foi estabelecida em janeiro de 2004, três meses antes de inaugurar sua primeira unidade, e faz parte da 7-Eleven (China), subsidiária da empresa japonesa 7 & i Holdings.

De acordo com o Regulamento de Gerenciamento de Mapas da China, que passou a valer em 2016, todos os mapas para utilização pública devem ser submetidos às autoridades para análise, e nenhuma entidade ou indivíduo pode fazer upload de mapas que tragam componentes banidos pelo país na internet.

Nos anos recentes, enquanto a China se esforça para consolidar sua retórica sobre territórios controversos que reivindica e o sentimento nacionalista cada vez maior, diversas multinacionais passaram por disputas de mapas no País.

Em 2018, a marca de roupas americana Gap foi pressionada a pedir desculpas após vender camisetas com um mapa que escondia áreas do Tibete, Taiwan e Mar da China Meridional.

A gigante chinesa de telecomunicações Huawei Technologies Co. também recebeu críticas devido a uma silhueta de um mapa utilizado durante o lançamento de um produto em 2020 que não continha áreas geográficas disputadas, incluindo Aksai Chin.

Nas Olimpíadas de Tóquio do ano passado, a emissora norte-americana NBCUniversal exibiu um mapa da China que não mostrava Taiwan ou o Mar do Sul da China no meio da transmissão da cerimônia de abertura.

O mapa “prejudicou a dignidade e as emoções do povo chinês”, declarou um post no Weibo publicado pelo consulado chinês em Nova York na época.