Premiações

Cannes encolhe mas mantém o glamour

Apesar da redução de inscrições e comparação com SXSW, o festival na riviera francesa ainda é um glamouroso espaço para networking internacional.

O Festival Internacional de Criatividade de Cannes que começa neste sábado terá menos peças concorrentes que a do ano anterior. A queda global foi de 4,5%, das 43.101 inscrições de 2016 para 41.170 neste ano – ou seja, 1.931 trabalhos a menos. Apesar disso, o total de concorrentes de 2017 é o segundo maior da história (2,6% maior que o de 2015). Veja, abaixo, o quadro de inscrições por áreas em 2017.

Apesar da queda de inscrições, críticas a divisão de categorias e comparação com novas iniciativas como o SXSW, o festival mantém seu glamour e é uma incrível experiência além de ótima oportunidade de networking em um clima agradável de início de verão europeu, em uma das principais áreas do jet set internacional, símbolo de status profissional, elementos que atraem  profissionais de comunicação e marketing.

Promo & Activation

A categoria Promo & Activation foi uma das que teve menor queda, apenas 0,7% em relação a 2016. Nesta edição são 3.458 trabalhos que buscam Leões. Célio Ashcar Jr. é o jurado brasileiro nesta categoria que já rendeu um GP para o Brasil em 2013 com Imortal Fans.

O short list de Promo sai na madrugada deste domingo no Brasil e os Leões serão divulgados na manhã de 2a. feira em Cannes.

Timeline Promoview by TINT mostra em tempo real atividade dos participantes.

Além da tradicional cobertura jornalística do Promoview, já está no ar a timeline com tecnologia TINT reunindo todas as publicações no mundo utilizando #CannesLions e #CannesLions2017. Ou seja, nossos seguidores podem curtir em tempo real a experiência de quem está no Palais des Festivals.

Os Estados Unidos seguem como maiores concorrentes, com 9.534 inscrições, o que significa oscilação de -1,7%. No quadro geral, o Brasil foi novamente o terceiro País que mais inscreveu, atrás também do Reino Unido (3.150 trabalhos). Outros competidores importantes também diminuíram suas presenças: Japão (-20%), Austrália (-19%) e Índia (-7%).

O festival lamenta a presença “ligeiramente menor” (queda de 2%) do Reino Unido e de outros países da Europa Ocidental, como a Alemanha (-9%), a Espanha (-5,5%) e a França (-3%), mas comemora aumento nas inscrições de China (+8%), Emirados Árabes Unidos (+45%) e América Latina, neste último caso puxadas pelo Brasil, que depois dos 2.805 trabalhos concorrentes em 2016 (o menor número desde 2011), enviou 3.020 em 2017 – alta de 7,7%.

Simon Cook, diretor de prêmios do Cannes Lions, comenta que cada categoria pode sofrer refluxos e fluxos, “mas ao longo do tempo aprendemos que é sempre melhor ter uma visão de longo prazo”. Ele exemplifica citando o Radio Lions, que terá júri presidido pelo brasileiro Mario D’Andrea, CEO da Dentsu. A queda de 11% em 2016 motivou, segundo Cook, “comentários sobre um declínio no setor”, o que não se comprovou, com alta de 5% nas inscrições em 2017.