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Conheça as principais incubadoras e aceleradoras do Brasil

Saiba quais são os programas que incentivam o empreendedorismo no país, fornecendo espaço físico, contato com outras startups, financiamento inicial e mentorias.

Incubadoras e aceleradoras são uma grande rede de apoio às startups que estão se lançando no mercado, e precisam de capital e orientação para começar ou expandir os seus negócios, ou para atrair a atenção de empresas de venture capital.

As incubadoras são programas ligados à organizações sem fins lucrativos, ou instituições de ensino, geralmente administradas por entidades públicas ou privadas, que buscam ajudar novas startups a terem sucesso. 

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Auxiliam empresas iniciantes fornecendo um espaço físico colaborativo para que possam trabalhar, geralmente as colocando em contato com outras startups, além de oferecerem financiamento inicial, treinamentos, mentorias e conexões com possíveis parceiros.

Normalmente,-as incubadoras selecionam as startups que têm projetos voltados à soluções de dores regionais ou governamentais.

As aceleradoras são bastante parecidas com as incubadoras, mas há algumas diferenças-chave: elas tendem a fazer alianças curtas com startups que estão prestes a atingir o break even, ou seja, o momento em que vão começar a se tornar financeiramente lucrativas. T

ambém são passíveis de aceleração as startups que já receberam ou estão prestes a receber novas rodadas de investimento.

Aceleradoras funcionam como um propulsor, ou um gás extra para empresas que já estão fazendo acontecer, e tem potencial de chegar ainda mais longe. Geralmente envolvem sessões de mentorias com empreendedores e investidores experientes e elaboração de pitch, além de investimentos financeiros e networking com parceiros de credibilidade no mercado.

Como participar dos processos?

Primeiro, é preciso entender em qual processo da “jornada do empreendedor” a startup se encaixa. Tendo isso em mente, é necessário procurar, entre as incubadoras e aceleradoras que estão com processos abertos, qual é o foco delas, e se são compatíveis com o empreendimento em questão. 

Cada uma tem um processo de aplicação diferente, e não é fácil conseguir ser selecionado, tendo muitos critérios envolvidos no processo.

Principais aceleradoras brasileiras

Darwin: vencedora de 2018 do prêmio Startup Awards, concedido pela Associação Brasileira de Startups (Abstartups), como melhor aceleradora do Brasil. 

Localizada em Florianópolis e São Paulo, ela foi a primeira empresa brasileira do tipo a se filiar à Techstars, uma das maiores aceleradoras do mundo – e atual responsável pela Startup Weekend no Brasil. 

Noventa por cento das empresas aceleradas pela Darwin são B2B, com foco em clientes enterprise. Ela procura por startups nos segmentos de fintechs, insurtechs, telecom e big data.

ACE: também foi uma das aceleradoras finalistas no Startup Awards, e este ano passou a se posicionar no mercado como empresa de inovação, mas continua investindo e impulsionando startups. Sediada em São Paulo, a ACE acelerou mais de 300 startups e tiveram 14 exits — quando as startups são vendidas — e contam com mais de 150 mentores ativos.

Entre os seus principais cases de exits estão a Love Mondays, a Shippify, o Grubster, a Hiper e a CargoBR. A ACE acelera startups que estejam no early stage, ou seja, que ainda não tenham recebido investimento de série A. 

Recentemente, a companhia lançou o projeto ACE Cortex, voltado para consultoria de grandes corporações e já atenderam gigantes do mercado como Basf, Centauro, Natura, Renner, Google e Santander.

Startup Farm: Foi a vencedora do Startup Awards de 2017, e se manteve entre as finalistas em 2018. Até o momento já desenvolveram 28 processos de aceleração, com 308 startups aceleradas e US$ 100 milhões em investimentos captados. 

A Startup Farm busca startups de todos os mercados, desde que usem tecnologia de forma inovadora e que resolvam problemas reais da sociedade. 

A instituição é parceira do Banco do Brasil e do Google Startups. Entre os cases de sucesso da Startup Farm está a Total Cross, plataforma de desenvolvimento de apps via Java, que foi a única brasileira selecionada pelo K-Startup Challenge da Coreia do Sul.

E as incubadoras?

Segundo dados do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), o Brasil tem um total de 363 incubadoras, sendo que 61% delas são mantidas por universidades, e seus projetos agregaram um total de R$ 551 milhões à economia do país.

Entre as maiores incubadoras do Brasil estão: a Cietec (Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia) da Universidade de São Paulo (USP) – que é também a maior da América Latina -, que capacita empresas nas áreas de biotecnologia, eletroeletrônicos, medicina, meio ambiente, química e TI há mais de 15 anos; a Inova, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); a Gênesis, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) – eleita a 11ª maior incubadora do mundo pela ranking da UBI Global -; e o Instituto Empresarial de Incubação e Inovação Tecnológica (Ieitec), de Canoas (RS).

 

Foto: Unsplash Incubadora.