Live Marketing

um.a: O estrago de 2020 foi menor do que havíamos previsto

Equilíbrio entre tech e touch foi o segredo da um.a para manter a operação saudável em 2020.

Ronaldo Bias Ferreira Jr. apresenta o balanço da um.a em 2020.

“Em um ano em que o mercado ficou menor, dá até certo alívio olhar para trás e perceber que, se ainda não temos uma solução para a crise global instalada, podemos ao menos enxergar o fundo do poço, e, a partir dele, planejar o nosso futuro. 

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Muito bom também entender que todo o nosso esforço em tentar reinventar o modelo de negócio não foi em vão. O estrago de 2020 foi menor do que havíamos previsto.

Participei participei de várias pesquisas e estudos que mostravam redução de 75% da verba dos clientes, e, por consequência, de retração das agências para a metade da infraestrutura operacional.

Ronaldo-Bias Ferreira Jr. (Foto: Divulgação).

Aqui na um.a, até mesmo pelo susto do inusitado, fomos muito rápidos e unidos em todas as tomadas de decisão. 

Havíamos acabado de reestruturar a agência para um modelo de administração horizontal, com mais responsabilidade e autonomia para todos os colaboradores. 

O objetivo era ampliar nossa capacidade de atender os clientes, estando o mais próximo possível deles, buscando entender suas necessidades para antecipar e propor novas soluções. 

Essa era a nossa receita para fazer mais com menos em 2020. Daí, quando fomos atropelados pela pandemia e pela crise, nosso time foi convocado a testar na prática o novo formato de gestão que havíamos implantado.

Com todos os colaboradores envolvidos de forma emocional e financeira com o negócio, fizemos alguns tratos: a prioridade era manter ao máximo as posições de trabalho e os talentos da um.a

O restante poderia desaparecer das planilhas de custos ou investimentos. Por isso, o primeiro passo aqui foi manter o clima de confiança da equipe. Deixamos claro que iríamos usar todos os recursos permitidos pelo governo para manter o máximo dos colaboradores na agência. 

A partir da ideia de que passaríamos pela crise juntos e seguros, convidamos todos a focarem sua atenção na reinvenção do portfólio de produtos e serviços da agência. 

Em semanas, criamos a um.a Live, nossa plataforma proprietária de projetos virtuais, com soluções simples e superconectadas às necessidades dos clientes. 

Foi um sucesso comercial e também um caminho muito eficiente para que todos aprendessem na prática as soluções digitais que precisaríamos oferecer aos clientes.

Toda essa revolução mostrou que, mesmo distantes – 100% em home office, nosso time estava alinhado e trabalhando como nunca como uma grande equipe. Implantamos reuniões semanais de atrito comercial, de que todos puderam participar. 

Não sendo possível planejar ações de médio ou longo prazo, a meta era gerar oportunidades constantes para oferecer nossas soluções aos clientes. 

Estabelecemos números mínimos de atritos semanais para que pudéssemos manter a operação segura. Esses encontros foram essenciais para informar e manter a responsabilidade de cada colaborador com os resultados que precisávamos atingir. 

Semana a semana, fomos criando oportunidades de provocar e ajudar os nossos clientes, principalmente com as novas soluções virtuais e híbridas da um.a Live.

Produzimos mais de 122 ações/projetos conectados a estes novos tempos. Um bom volume, mas 55% menor que o número de negócios gerados na média dos dois últimos anos. 

Por um lado, nossos clientes reduziram seus investimentos em cerca de 50%, o que nos obrigou a cortar 40% de nossas despesas e investimentos anuais. Por outro, conseguimos manter o valor do ticket médio de nossas ações/projetos e melhoramos a margem com a ampliação do portfólio virtual, híbrido e proprietário da agência, e, claro, a partir do propósito e da prática de abraçar e incluir as diferenças em todos os nossos projetos, humanizamos o mundo virtual, atraindo novos clientes para nossa base.

O desafio da rentabilidade continua. Mas hoje já conseguimos atuar de forma proativa sobre o ritmo e a velocidade das mudanças impostas pela crise global que vivemos. 

Para 2021, se ainda não temos uma fórmula mágica, já conseguimos gerar e fechar negócios que garantirão 50% das nossas despesas anuais. Isso com bases reais, considerando um primeiro semestre ainda em processo de vacinação, em que prevalecerão os projetos on-line e híbridos.

Por isso neste mês de dezembro, analisando o histórico de resultados dos 24 anos de nossa agência, encaixamos 2020 em mais um desses anos bravos de crise, que vêm há tempos assombrando o mercado de Comunicação e Live Marketing no Brasil.

Claro que este é um report empresarial, e neste caso vimos que o CNPJ está salvo. Nossa agência está ainda mais preparada para sobreviver às crises. 

No entanto, como não dá para esquecer que somos humanos e temos múltiplos papéis na sociedade que vivemos, precisamos admitir que, como mercado e comunidade, falhamos.

O saldo geral do ano é bastante negativo para nossa indústria. Nosso mercado está menor, perdemos muita gente pelo caminho e infelizmente não conseguimos resgatar os empregos que tantos profissionais perderam ao longo do ano. 

Descontinuamos programas de estágio que formavam e introduziam os jovens de forma responsável no mercado e reduzimos muito a contratação de freelancers e especialistas terceirizados. 

A ausência de eventos presenciais foi dramática para quase toda a cadeia produtiva de profissionais de alimentos e bebidas, entretenimento, iluminação, foto, cenografia, decoração, gráficas, transportes, centro de convenções dos hotéis e espaços de eventos, segurança, limpeza, carregadores e tantos outros profissionais que fazem parte e dependem da indústria do live marketing.”

Ronaldo Bias Ferreira Jr..