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Show-teste na Alemanha mostra que é possível fazer eventos na pandemia

Ao longo de 10 horas, os cientistas pediram que a plateia simulasse diferentes cenários de um show.

Uma equipe da Universidade Martin Luther Halle-Wittenberg, na Alemanha, organizou um show com cerca de 1.400 voluntários na plateia para estudar o risco de infecção pelo novo Coronavírus oferecido em grandes eventos realizados em locais fechados.

O experimento foi realizado no dia 22 de agosto na Quarterback Immobilien Arena, em Leipzig, na Alemanha, e o show ficou a cargo do cantor pop Tim Bendzko.

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Usando máscaras, os voluntários receberam um rastreador digital de localização e desinfetante de mão misturado com corante fluorescente.

Show-teste realizado na Alemanha (Foto: Sean Gallup/Getty Images).

Para minimizar o risco de infecção, eles foram testados para o Covid-19 e tiveram suas temperaturas checadas.

Ao longo de 10 horas, os cientistas pediram que a plateia simulasse diferentes cenários de um show: Um sem distanciamento, outro com medidas moderadas, e, por fim, um com medidas rígidas.

Cada repetição contava com apresentação do cantor e um intervalo durante o qual os voluntários simulavam idas ao banheiro e compra de comida e bebida.

Por meio dos rastreadores, a equipe monitorou a quantidade de vezes que eles chegaram perto um dos outros, e, posteriormente, lâmpadas ultravioleta foram usadas para verificar quais superfícies estavam cobertas com o desinfetante mais fluorescente.

Após análise dos resultados obtidos, os pesquisadores concluíram que shows podem ser realizados na pandemia. O impacto na propagação do Coronavírus é de baixo a muito baixo, desde que os organizadores garantam as condições ideais de higiene.

“Não há nenhum argumento para não ter show.”, disse o Dr. Michael Gekle, um dos membros da equipe da Universidade Martin Luther Halle-Wittenberg, que conduziu o estudo.

Alguns especialistas expressaram ceticismo em relação aos resultados, dizendo que eles precisavam ser revisados e replicados, e que mais informações eram necessárias sobre como os pesquisadores usaram a modelagem.

O Dr. Gabriel Scally, presidente de Epidemiologia e Saúde Pública da Royal Society of Medicine, diz que as descobertas são potencialmente úteis, mas que pode ser difícil replicar os controles que os pesquisadores implementaram em muitos eventos da vida real.

O projeto de pesquisa, que foi parcialmente financiado com recursos públicos, foi conduzido pelo Dr. Stefan Moritz, da University Medicine Halle (Saale), no University Hospital, em Halle, que considerou o experimento um “sucesso absoluto”.

O relatório e o estudo completo poder ser conferido aqui