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Promotores pedem a volta dos eventos em Curitiba

Desde março de 2020, os promotores estão proibidos por decreto de realizar eventos por conta do risco de contágio do Covid-19.

Com mais de 3,5 mil eventos sociais cancelados desde o começo da pandemia do Coronavírus em Curitiba, representantes do setor apresentaram aos vereadores da Capital um balanço e um manual de boas práticas para a retomada dos trabalhos o quanto antes.

Eles participaram da sessão ordinária da Câmara Municipal na manhã de quarta (30), para pedir o apoio do legislativo nas tratativas com a prefeitura. Desde março de 2020, os promotores estão proibidos por decreto de realizar eventos por conta do risco de contágio do Covid-19.

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Com o novo decreto, o município liberou a realização de eventos que reúnam até 50 pessoas em todos os dias da semana, com duração máxima de três horas. A determinação vale também para salões de festas em condomínios residenciais.

O início do toque de recolher na cidade, que valia a partir de 21h, passa a funcionar a partir das 23h. Com isso, segundo o município, os shoppings podem atender até 22h.

A ação faz parte de um movimento que já conseguiu, há duas semanas, a autorização para que casas noturnas, de eventos e bufês abram as portas com atendimento semelhante ao de restaurantes, mas sem alterar os alvarás vigentes. 

A-permissão em caráter extraordinário já está em vigor e é válida enquanto durar o decreto de situação de calamidade pública por causa da pandemia, desde que os estabelecimentos façam as adaptações necessárias na infraestrutura dos espaços.

No entanto, essa permissão não muda em nada a situação de grande parte dos trabalhadores do setor, como serviços itinerantes de catering, agências de foto e vídeo, os próprios promotores de eventos que atuam independentes dos espaços, entre outros.

Segundo Fábio Skraba, presidente da seccional paranaense da Associação Brasileira das Empresas de Eventos (Abeoc-PR), Fábio Skraba, 98% das empresas estão paradas desde o ano passado, com perdas na casa dos R$ 25 bilhões em nível nacional.

“Em 15 meses, mais de 3,5 mil eventos sociais foram cancelados em Curitiba, sendo que 20% deles migraram para outras cidades ou estados e 10% aconteceram na região metropolitana. Fizemos um levantamento com o setor de buffets que, em 15 meses, 900 festas foram canceladas e 1,2 mil adiadas para 2022.”, disse.

No entanto, Skraba diz que ainda não há uma previsão se estes eventos vão ocorrer no primeiro semestre ou se já estão migrando para o segundo. Ele destaca, ainda, que Curitiba está perdendo eventos para cidades como São Paulo, Porto Alegre, Foz do Iguaçu, Joinville, entre outros.

Além dos eventos cancelados, o setor perdeu 90% das vagas de trabalho ao longo dos 16 meses de pandemia, e deixou de arrecadar pelo menos R$ 3 milhões em Imposto Sobre Serviços (ISS). Num cenário pré-pandêmico, em 2019 os bufês de eventos geraram uma receita de aproximadamente R$ 56,7 milhões.

 

Foto: Reprodução.