Eventos

Desafios dos criadores de experiências

Depois de participar de tantas lives, listei 3 mega desafios com base no que temos vivido.

Tenho tentado participar do maior número de lives relevantes possível para tentar ao máximo obter insights de como está o pensamento coletivo do nosso setor…
Cheguei a alguns mega desafios que gostaria de compartilhar aqui neste texto. Vamos lá

1º Mega Desafio: Aglomerações

Como conseguir se preparar e executar um evento, conseguindo afirmar que não serão geradas aglomerações e que a audiência participante estará respeitando o distanciamento social? Difícil né? Mas aqui vale um ponto, precisamos saber neste momento separar eventos com focos na geração de negócios (audiências controladas) dos eventos com foco na geração em emoções (audiências maiores geradas a partir da compra de um ingresso). Ambos irão voltar com força total após o término da quarentena mas na minha opinião em velocidades diferentes. Em audiências corporativas é essencial o controle total da audiência e o organizador pode fazer uma seleção de quais indivíduos podem ou não participar (grupos de risco não sendo convidados por exemplo). Portanto devem ter uma velocidade de retorno mais rápida do que eventos que geram aglomerações através de ingressos. Existem os protocolos de shopping centers e os específicos do setor (como por exemplo UBRAFE e GO LIVE BRASIL) que mostram quais são os passos que os organizadores de eventos devem seguir.
O organizador de eventos corporativos neste momento precisa de coragem e resiliência para conseguir convencer as organizações e parceiros que a insegurança sanitária que enfrentamos é possível de ser enfrentada desde que tenhamos respeito aos protocolos e ao bom senso.

2º Mega Desafio: Rentabilidade
Alguém aí pagou para participar de alguma LIVE? Bom se alguém pagou foi uma minoria pois a grande maioria destas ações não teve nenhum tipo de cobrança (e muitas tiveram muitos custos para serem realizadas). Eu participei de um evento que iria originalmente acontecer em Toronto/Canadá e em 4 semanas foi “transformado” em um evento 100% digital. Eles esperavam 10 mil pessoas “físicas” em Toronto. Tiveram 32 mil “virtuais”. Além dos custos da viagem (5 dias) eu teria que ter pago um ingresso de U$150 para acessar ao local das palestras (Nesta edição foram 650 palestrantes durante 3 dias!!). Não fui viajar (óbvio) e paguei um “early Bird ticket” (desconto para quem já participou de edições anteriores) de U$73 (na semana do evento este mesmo ingresso era vendido a U$230). O organizador fez um evento maior ou menor? Ele faturou mais ou menos? Esta é a pergunta de 1 milhão de dólares não é mesmo? No último dia, o CEO do evento anunciou “Nos vemos aqui em Toronto em 2021”. O evento será híbrido no futuro? Tenho certeza que sim. Vou viajar até o Canadá para a edição de 2021? Não sei… acredito que os eventos híbridos podem aumentar muito a audiência de qualquer evento (desde que bem divulgado né?) Mas como fica a MAGIA da experiência presencial? Somos gregários e a presença física em experiências corporativas não vai acabar! Mas a rentabilidade dos eventos precisa de foco e atenção de todos…

3º Mega Desafio: Escala

Este desafio é uma sequência do 2º desafio. Assumindo que os eventos serão mandatoriamente híbridos no futuro para ampliar as audiências, qual é a estrutura de custos mínimos que um organizador de eventos corporativos deve assumir no seu budget? Qual parte do evento vai acontecer em um hotel com qual audiência e qual audiência estará acessando o evento virtualmente? Eu não vou até Toronto em 2021, mas vou acessar virtualmente o evento com certeza pois as palestras foram incríveis e obtive vários insights. Vale a pena organizar uma convenção de vendas em um hotel lindo somente para os gerentes e todo o resto da empresa acessar virtualmente? E a MAGIA? Saber gerenciar esta equalização de custos entre o físico e o virtual é uma “arte” que todos nós devemos estar nos aprimorando pois eu acredito que não tem mais volta. Todos os eventos serão HÍBRIDOS no futuro (amanhã). Mas se antes os organizadores de experiências corporativas eram experts somente na logística dos eventos (eu chamo de logísticas tudo o que é físico… acontecendo no local do evento) devem estar buscando ferramentas tecnológicas para ampliar a sua relevância.