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Valores das obras da Arena da Baixada serão investigados

O Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) vai investigar repasses da Fomento Paraná à CAP/SA, empresa criada pelo Atlético-PR para gerir os recursos para a conclusão de um dos 12 palcos da Copa do Mundo no Brasil.

O Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) vai investigar repasses da Fomento Paraná à CAP/SA, empresa criada pelo Atlético-PR para gerir os recursos para a conclusão da Arena da Baixada, um dos 12 palcos da Copa do Mundo no Brasil.

O TCE-PR instaurou uma Tomada de Contas Extraordinária para identificar o responsável pelo pagamento na diferença do valor da obra. A previsão inicial era de R$ 184,6 milhões. Passou para R$ 265,2 milhões em julho do ano passado e terminou em R$ 330 milhões.

Os R$ 184,6 milhões iniciais seriam divididos em três partes iguais entre clube, governo e Prefeitura de Curitiba. Segundo o Tribunal, porém, não há informações sobre quem terá que pagar a diferença – que chegou a R$ 145,4 milhões.

Foto: Fernando Freire.
TCE-PR investiga repasses para conclusão da Arena da Baixada.
TCE-PR investiga repasses para conclusão da Arena da Baixada.

 

Segundo a assessoria de imprensa do TCE-PR, o caso voltará para o Plenário do Tribunal, que poderá exigir a devolução do valor ou determinar punições para os envolvidos. Essa definição deve ocorrer dentro de 60 dias.

A obra da Arena da Baixada envolveu-se em várias polêmicas entre o final de 2011 e a metade de 2014. Passou, por exemplo, por uma CPI criada para investigar a compra das cadeiras do estádio.

Além disso, falta de garantias provocaram atrasos nos repasses, e, consequentemente, na obra – prevista para terminar em março de 2013, mas que ficou pronta apenas dias antes do primeiro jogo do Mundial.

Apesar de todos esses obstáculos, o estádio ficou pronto e recebeu quatro jogos da primeira fase do torneio: Irã x Nigéria, Equador x Honduras, Espanha x Austrália e Argélia x Rússia.

A Agência de Fomento do Paraná afirmou, por intermédio da assessoria de imprensa, que fará a defesa administrativa no TCE-PR, mas que não vai se pronunciar sobre o assunto por meio da imprensa.