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Unicef transforma arte de rua da Copa em canal de denúncia

A intervenção aconteceu em uma esquina próxima à Arena Corinthians, em São Paulo, por meio de uma imagem que alertou brasileiros e estrangeiros que por ali passaram.

No 12/06, os olhos do mundo estavam voltados para a abertura da Copa do Mundo. Mas este também foi o Dia Mundial Contra Trabalho Infantil. Por meio de grafitagem, o Unicef chamou a atenção para essa violência que afeta cerca 3,4 milhões de crianças e adolescentes no País.

A intervenção aconteceu em uma esquina próxima à Arena Corinthians, em São Paulo, por meio de uma imagem que alertou brasileiros e estrangeiros que por ali passaram.

A ação de marketing sustentável faz parte da campanha lançada pelo Unicef em 18/05 (Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes) intitulada “Está em suas mãos proteger nossas crianças”.

Veja também: quem são as agências promo em campo na Copa do Mundo no Brasil? 

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A campanha, assinada pela Ogilvy Brasil, está sendo divulgada nas redes sociais com as hashtags #ProtejaBrasil e #ENDViolence e faz parte da iniciativa global #ENDViolence do Unicef.

O objetivo da iniciativa é levar informação sobre violência contra crianças e estimular a denúncia por meio do aplicativo Proteja Brasil. A partir do local onde o usuário está, o app baixado gratuitamente indica telefones, endereços e os melhores caminhos para chegar até delegacias especializadas, conselhos tutelares e organizações que ajudam a proteger crianças e adolescentes da violência nas principais cidades brasileiras.

O grafite feito entre os dias 09 e 10/06, próximo à Arena Corinthians, é uma obra do artista plástico Apolo Torres. A pintura deseja sorte e força à Seleção Brasileira, com cores alegres e ícones do nosso futebol. Porém, no meio desta pintura de festa, está a cena de uma grave violação de direitos, banalizada no cotidiano das cidades brasileiras: uma criança vendendo balas no semáforo.

Violência e Megaeventos

De acordo com o Unicef, megaeventos não são necessariamente a principal causa de violações de direitos, mas eles podem aumentar os riscos para crianças já vulneráveis. Relatórios do governo brasileiro mostram que 275.638 casos de violência foram registrados entre 2003 e 2011 nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo da Fifa 2014 entre maio de 2003 e março de 2911.

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Grandes concentrações de pessoas em um local podem causar riscos, especialmente em locais onde sistemas de proteção de crianças não sejam fortes o suficiente para garantir seus direitos. Essas situações também podem facilitar a ação de redes criminosas que exploram crianças.

Meninos e meninas podem ser forçados a trabalhar ou estar sujeitos a situações de exploração sexual ou negligência. Muitas vezes, as violações desses direitos estão associadas com as condições sociais, econômicas e culturais preexistentes nas cidades onde as competições serão realizadas.