Experiência de Marca

Um pensamento perdido (perfeito)

A letra P me persegue. Olha lá, começou, percebeu? P-ersegue.


Vou explicar o porquê e não é sobre a língua do pê, muito menos um trava-língua, mas, sim, a perspicácia em torno da letra. 

Porém, diferente do incrível paradigma traçado pelo Cris Dias, no Podcast Boa Noite Internet, sobre a magia do número 3 e outros simbolismos gerais, como o filme Número 23, entendo que seja uma obsessão particular e não macro.

Mas como tudo é uma questão de perspectiva, por favor, não desista. Persista e perceba minha própria história resumida em 4Ps, de forma natural: Pinheiro. Publicitário. Palmeirense. Pisciano.

Para não dizer prolixo, sem paciência e privilegiado.

Na plenitude da profissão, não basta ser publicitário, tem que ser planner. Fazer projeto com muita pesquisa (no Pinterest, de preferência) entregando paper dentro do prazo.

O próprio momento que presenciamos: problemas proporcionados pela pandemia podem permitir perspectivas promissoras.

Como um bom católico, inclusive, entendo que possa ser uma mensagem. Afinal, minha parte predileta da fé em prática começa com “Por Cristo, com Cristo, em Cristo”. É, nada é por acaso.

P é poder, no sentido de liberdade e também de força e paixão.

É a essência da vida:

Por quê?

Seu avesso também:

Perdão!

É ordem:

Pare!

E bom senso:

Por favor?

Passado, presente e promessa.

Ok, perturbado, já percebi. Problema é saber de onde provém o pesar.

Preciso confessar que o gatilho para compreender essa prisão mental foi durante os últimos dias, preparando o material para uma aula no próximo sábado.

Não, não pretendo falar sobre os precursores 4 Ps do Marketing – Preço, Produto, Praça e Promoção –, até porque não tenho as plenas e pertinentes propriedades.

Vou focar em Storytelling.

Pode-se dizer que o ponto de partida dessa pauta é a famosa Jornada do Herói, percebida por Joseph Campbell como formato singular e predominante de proposta para personificar mitos, e que, posteriormente, foi popularizada como padrão de vários filmes famosos e premiados.

Permita-me então Campbell, a ter a minha própria percepção de narrativa, dividindo pretensiosamente em 4 novos paralelos, começando com qual letra?

  • Premissa
  • Perrengues
  • Plot twist
  • Poxa, aí sim.

O princípio é persuadi-los em acreditar que toda boa história tem quatro momentos, os 4Ps, de forma muito pragmática e perceptível.

Seja um atendimento no bar:

“Pois, é meu garoto, que chuva hein. Nossa, você se molhou todo. Mas espera aí, toma aqui uma dose por conta da casa pra esquentar. Essa é das boas hein, o que mais vai querer?”

Pois é, meu garoto, que chuva hein. (premissa)

Nossa, você se molhou todo. (perrengue)

Mas espera aí, toma aqui uma dose por conta da casa pra esquentar. (plot twist)

Essa é das boas hein, o que mais vai querer? (poxa, aí sim)

Ou também na construção de branding e outras possibilidades do marketing. Como por exemplo, a Nike:

1) Sua premissa nos leva à Portland, onde a empresa nasce para ser a maior e melhor marca esportiva, perante ponto de partida: como penetrar no patológico Universo dos pés do atletismo? Então seguem-se com as próximas pontuações em potencial, necessárias para o progresso da história e, principalmente, despertar empatia pelo personagem.

2) E perrengues não faltaram para o protagonista Phil Knigth, criador da marca, desde a provocativa relação com seus parceiros japoneses, nos primeiros passos até a perseverança para, pouco a pouco, preencher seu papel de principal player do mercado. 

3) E o plot twist, o grande ponto de virada, o ápice da história? Personificar o Swoosh, mas não com uma pessoa qualquer e sim com o prodígio e predestinado Michael Jordan. A estratégia estabeleceu um novo paradoxo, passível a se tornar pauta da série Abstract.

4) Poxa, aí sim: planos publicitários sem precedentes promoveram e ainda promovem a Nike à sinônimo de performance, pelo planeta.

Pois bem, como já propaguei em outros artigos, storytelling cabe, proporcionalmente, para tudo na vida, inclusive para esta perplexidade pressuposta em forma de texto que você acaba de ler:

  • Premissa: jovem paranoico.
  • Perrengues: pretensão, passo a passo, para perceberem a perseguição.
  • Plot twist: pior que os 4Ps podem persistir, hein?
  • Poxa, aí sim: pensamento perdido ou perfeito, não sei. Mas posso prosseguir?

 (202 palavras começadas com P) PQP.