Experiência de Marca

Um passo a frente - por Paulo Araújo

Novos termos e ideias abundam como água torrencial em dias de chuva, nos levam a reflexões e paixões pelos mais variados temas.

Paulo Araújo*

É incrível como e quanto o discurso mudou nos últimos anos, seja ele no campo econômico, político, social ou empresarial. Novos termos e ideias abundam como água torrencial em dias de chuva, nos levam a reflexões e paixões pelos mais variados temas. Mas note que falar é fácil, mas fazer… Vamos ponderar agora sobre discursos que já mudaram, mas que a prática ainda continua sem dar aquele passinho, tão necessário, para frente…

Do discurso “Mundo Globalizado” para uma “Mentalidade Globalizada”. A conversa sobre globalização é antiga e pouco prática, o que interessa hoje é ter uma mentalidade globalizada. Quantos profissionais você conhece que planejam ter uma carreira internacional? Quantas agências realmente têm feito um esforço adicional para abrir novos mercados?

A verdade é que ter um produto de qualidade internacional dá trabalho e poucos estão dispostos a encarar tal desafio. Por mais que governo e políticas atrapalhem, o discurso de globalização só vai ter um efeito positivo em sua agência e em sua carreira se você tiver mentalidade globalizada e estar aberto para um mundo novo cheio de possibilidades, instabilidades e riscos.

Do discurso “Profissional Talentoso” para uma “Equipe Talentosa”. A verdade é que ninguém faz nada sozinho e o sonho de encontrar um Super Homem ou Mulher Maravilha que resolva todos os seus problemas pode não passar disto: um sonho. A cultura do “salvador da pátria” não é mais condizente com o nível de competitividade que temos de enfrentar. Hoje, o segredo é ter uma equipe talentosa, assim como uma orquestra afinada que ao ritmo de vários instrumentos executam lindas composições. Anote aí: não existe e nunca vai existir uma pessoa perfeita, mas pode vir a existir uma equipe perfeita para uma determinada situação.

Do discurso “Investir no Cliente” para uma “Desenvolver o Cliente”. Vejo agências que matam “as galinhas dos ovos de ouro” com uma extrema facilidade. Em minha concepção o cliente é seu maior patrimônio, afinal nossa agência existe para oferecer algo a alguém. Como a concorrência é feroz e rápida em copiar inovações creio que o diferencial está em saber desenvolver o seu cliente, criar um mercado forte e crítico. O cliente tem de sentir que sua agência é seu cúmplice. Seu produto ou serviço deve agregar valor ao seu cliente, senão será muito fácil ser substituído por outro. Sua agência realmente contribui para o crescimento de seu cliente? Ele tem essa percepção? A relação é ganha-ganha ou ganha-perde?

Do discurso “Encantar o Cliente” para uma “Encantar a Equipe que Cuida do Cliente”. Aqui outro erro fatal. Agências que fazem de tudo para encantar seus clientes e nada fazem para encantar quem cuida deles. Toda agência tem clientes internos que normalmente são esquecidos nesta relação. A qualidade do produto ou serviço que seu colaborador presta ao seu cliente é diretamente proporcional à qualidade do “atendimento” que ele recebe na empresa. Antes de tentar encantar o cliente, encante a equipe que cuida dele. Empresa moderna é aquela onde todos têm o foco no cliente. Crie a cultura de surpreender todos os seus clientes, faça pessoas comuns realizarem coisas extraordinárias.

Agora é apertar o passo e, de forma ágil e cooperativa, corrigir a rota rumo a uma nova mentalidade, que deve ser traduzida por novas ações. E assim, quem sabe, estar muitos passos a frente de seu concorrente e bem perto de uma nova realidade organizacional, que pode gerar muita prosperidade.

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