Experiência de Marca

Tudo pronto para mais uma edição da Flip

A estimativa de público é entre 20 e 25 mil pessoas. De acordo com Paulo Werneck, curador da feira, a ideia é que a festa não cresça demais, para não perder a essência.

A 12ª edição da Flip, que acontece de 30/07 a 03/08, levará 44 autores a Paraty, no litoral do Estado do Rio de Janeiro, em cinco dias de festa, com cerca de 200 eventos, entre debates, shows, exposições, oficinas, exibições de filmes e apresentações de escolas.

Entre os autores confirmados estão Antonio Prata, Bernardo Kucinski, Cacá Diegues, Edu Lobo, Eduardo Viveiros de Castro, Eliane Brum, Glenn Greenwald, Gregorio Duvivier, Jaguar, Marcelo Gleiser e Marcelo Rubens Paiva.

Além da programação principal, que tem cerca de 20 mesas, as atrações são divididas entre as iniciativas de cultura, educação e tecnologia destinadas aos jovens na FlipZona; as pré-estreias, filmes, leituras de peças teatrais, exposições e debates na programação paralela da FlipMais; e a parte educacional e infantil com a Flipinha.

flip-2014A estimativa de público é entre 20 e 25 mil pessoas. De acordo com Paulo Werneck, curador da feira, a ideia é que a festa não cresça demais, para não perder a essência.

“Tem uma demanda para que a Flip fique maior, mas Paraty tem um tamanho limitado e a gente acha que seria sobrecarregar, destruir um pouco o que a Flip é, daquele clima da cidade. Senão perde o sentido, perde a intimidade de você poder ver o autor de perto, você ter a sensação de estar numa cidade de escritores e leitores.”, declara Werneck.

Entre os destaques desta edição está a participação de países que nunca estiveram na feira. “Além da presença do primeiro escritor russo na Flip, o Vladímir Sorókin, a gente tem uma quantidade de nacionalidades que é um recorde na Flip, com autores de países que nunca foram, como Nova Zelândia, tem uma série de países que a gente está conseguindo trazer um conjunto multicultural”, explica Werneck.

O homenageado desta edição será Millôr Fernandes, que, segundo o curador, reuniu o mundo da Flip num homem só. “Ele era um homem eclético, era um tradutor de Shakespeare que podia fazer um cartum, depois escrever uma peça de teatro e depois um livro de contos. Era um cara que fazia de tudo, jogada em todas as posições. E isso é uma coisa que a Flip tem, ela é uma festa eclética, que mistura gente de todo tipo, escritores de todo tipo, leitor de todo tipo.”

Com a primeira edição em 2003, a Flip inseriu o Brasil no circuito internacional de festivais de literatura e já recebeu autores mundialmente respeitados, como Julian Barnes, Don DeLillo, Eric Hobsbawm e Hanif Kureishi.