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Tradição do Boi Garantido passada para nova geração

Os ensinamentos serão ministrados sobre o chão inspirador da réplica da casa de Lindolfo Monteverde, fundador do Garantido, localizada na avenida homônima, bairro São José, na ilha tupinambarana.

A história da tradição do Boi Garantido será ensinada, a partir do dia 09/11, a crianças e adolescentes do município de Parintins (AM), iniciantes no aprendizado da cultura do Boi Vermelho.

Os ensinamentos serão ministrados sobre o chão inspirador da réplica da casa de Lindolfo Monteverde, fundador do Garantido, localizada na avenida homônima, bairro São José, na ilha tupinambarana.

Tudo isso será possível por meio do projeto “Garantindo a tradição cultural de Lindolfo Monteverde”, que levará, a partir da data citada, uma série de oficinas artístico-culturais ao público infantojuvenil da Capital do Bumbá da Amazônia.

História da tradição do Boi Garantido (Foto: By portalamazonia.com).

A iniciativa nasceu a partir de um projeto feito pela assistente social e pedagoga Cleumara Monteverde, neta do fundador do Boi Garantido, no ano de 2010, em atendimento às atividades do curso de Pedagogia da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

Segundo a idealizadora, o projeto está orçado em R$ 180 mil, valor oriundo da Associação Regional Lindolfo Monteverde, e será voltado ao público entre a faixa etária de nove a 14 anos de idade.

Entre as atividades da casa, haverá oficinas de teatro, dança, leitura e produção textual, batucada e toada, que terão como centro as atividades de cada segmento no trabalho do Bumbá Garantido, conforme Cleumara. O intuito é levar aos pequenos, gratuitamente, a essência original do legado de Lindolfo e do Boi Vermelho na réplica, batizada de “Curral da Baixa de São José”.

As atividades serão voltadas ao público entre a faixa etária de nove a 14 anos de idade (Foto: By Conexão Garantido).

A estrutura física já foi erguida e entrou em fase de pintura externa e interna. O “curralzinho” tem a premissa de ser um verdadeiro “altar” do legado vermelho de Parintins, segundo a neta de Monteverde. Ao todo, cinco latas de tinta vermelha e dez de tinta branca darão cor ao lugar.

“Uma das paredes da casa terá a pintura de Lindolfo. Inclusive estamos planejando com que o interior da casa seja decorado com desenhos das crianças relacionados ao Boi”, adianta Cleumara. O local tem capacidade para 30 pessoas e funcionará como um centro de cultura das raízes vermelhas.

“Desenvolveremos o grupo ‘Velha Guarda’ do Garantido, formado por pessoas idosas que conhecem a história do Boi e que irão disseminá-la de acordo com suas reais origens às crianças, por intermédio das oficinas”, aponta Cleumara.

Ainda de acordo com ela, as oficinas acontecerão todos os sábados, em horários diversos e elas reunirão, em cada um dos três anos previstos para o funcionamento do projeto, uma turma diferente. Como a criatividade das crianças será a principal obra-prima das oficinas, todo o material produzido terá um destino especial.

“Queremos com essa casa-réplica guardar e arquivar todo o material produzido nas oficinas e transformar em uma espécie de museu, porque pode servir como fonte de pesquisa para as gerações futuras. Poderemos entender mais sobre quem era o Pai Francisco e a Mãe Catirina, sobre o que era cada contexto no geral e entre suas particularidades. Propomos um verdadeiro resgate histórico do boi da Baixa”, assegura Cleumara.

Fonte: Laynna Feitoza/Acritica.com.