Experiência de Marca

Todos falam... mas quem faz alguma coisa?

A verdade, a grande verdade, é que falamos muito, fazemos pouco e deixamos a maré subir até vermos onde ela vai dar. Se der para respirar, ok. Se não, a gente busca o salva-vidas, se existir algum.

Não quero ser o melhor bombom da cesta. Sei que não sou. Não quero ser “o bucha” daqueles que aplaudem o que falo, concordam, acham um absurdo os fatos que narro, mas fazem exatamente o que denuncio aqui ou nada fazem para mudar.

A verdade, a grande verdade, é que falamos muito, fazemos pouco e deixamos a maré subir até vermos onde ela vai dar. Se der para respirar, ok. Se não, a gente busca o salva-vidas, se existir algum. Caso contrário, fechamos as portas mesmo.

Ainda que passem corpos boiando, porque são menores e afogam cedo, ou que a gente veja a angústia de quem tem muro baixo, a gente olha, olha, e não faz nada.

Foto: Divulgação/Ledventure.

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Tá certo, gritou um aqui em protesto, que isso é em todo lugar, em todas as situações, em todas as profissões, atividades e por aí vai.

Assistimos a linchamentos, à educação de nossos filhos naufragar nos penúltimos lugares do mundo e damos festas, à saúde pública ser uma das maiores causas de mortes – que paradoxo, com médicos, Reis do Camarote, formados pelas escolas do penúltimo lugar, agredindo – antigamente metaforicamente, hoje, literalmente – pacientes cegos, cegos surdos e mudos que são (os médicos).

Assistimos à derrocada financeira do País, como se isso nada tivesse a ver com o nosso negócio. Assistimos à corrupção geral, dos dez reais do guarda, aos milhões do superfaturamento de obras, das bolas dadas para fazer o nosso trabalho, e, no fundo, damos assistência a quem faz isso.

Agora, a Copa virou o vilão de tudo. Parece que o que acontece nunca aconteceu. Ninguém fala, para que vejamos o contexto das coisas, do Pan, dos escândalos do mensalão, do Metrô de São Paulo, da Petrobras, de Minas, de São Paulo, do Rio, do Paraná, da Bahia, do Maranhão do, do… caraca, é do País.

A Copa não é crime. Tem problemas, merece apuração, protesto e tudo mais, mas não se pode transformar em vilão quem torcer de forma alegre, cidadã e pacífica para o País.

A Copa é evento. Tem a ver com o que fazemos. Envolve centenas de profissionais que merecem o nosso respeito e força. Que tal deixar a agressividade, a determinação cívica, a convicção política para setembro e outubro, quando podemos mudar as coisas de verdade? Ah! não vai dar porque você vai estar ocupado? Entendo.

Até parece que político – senador, deputado, vereador, prefeito, secretário, governador, ministro, assessores, presidente…. – nasce em árvore, dá em pedra, é galho.

Não, não é desses lugares que eles vêm. Eles eram aqueles caras que só falavam, criticavam, gritavam na rua e nada faziam. Quando puderam fazer, deu no que deu, viraram o que viraram. E fazem isso por uma única razão: sabem que não vai dar em nada. Que, como ele, muitos continuarão falando e nada fazendo. E que vão colocá-lo de novo onde estão.

É assim que é no nosso mercado. Uma visão micro do macroambiente.

No entanto, ante as piores observações, encontramos quem faça, quem acredite, lute, se coloque na busca do óbvio: mercado forte tem agência forte; mercado qualificado tem mais valores; mercado ético expurga os desonestos; mercado organizado e unido evita barbaridades do cliente.

Nesse sentido a Ampro é esteio, o Promoview canal de denúncia e esclarecimento e agências sérias, e temos um bom número delas, no Rio, São Paulo, Norte/Nordeste, Sul e Centro-Oeste que, ainda que timidamente, tem se posicionado, agido e dito não a algozes e sem-vergonhas.

Ainda está difícil, porque, por exemplo, um mineral semiprecioso, continua chamando agências para concorrências, amadoras, totalmente sem critério e transparência. E o pior é que o mineral foi criado sob o argumento de impedir desonestidades na Instituição. Imagina!

Como se, numa concorrência convocada às pressas, em cima da hora, chamando mais de dez agências, as imputando, obrigatoriamente, uma visita técnica numa cidade que fica três horas distantes do Rio, fosse de uma honestidade ímpar.

Ah! e quando as pessoas chegam lá:

1-   Ninguém sabe do que se trata. Que piada.

2-   Quando chega quem sabe, não traz EPI – quem é do mercado sabe o que é.

3-   Dentre as agências???? concorrentes, um bufê. Que lisura! Misturado as três ou quatro agências de grande porte, umas três medianas e o restante sabe-se lá onde se enquadravam.

A velha história de misturar laranja com banana e balinha pra balinha ganhar, porque custa menos e aditiva depois.

Não deu outra. Ganhou uma… sei lá o que com um preço inexequível, e falo porque entendo de evento, sei ler Edital e garanto o que digo, para fazer o lance. Não bastasse dar a balinha, imagine os riscos de quem for ao evento se tudo relativo à segurança não estiver contemplado.

Mas quem vai exigir isso se no cliente ninguém sabe o que está fazendo e na, na, na agência também, possivelmente, não. Lembrei da Elisa, minha assistente que já se foi, que abriu uma agência num quarto de sua casa (veja E todo mundo faz Marketing Promocional.).

Sabe o que isso significa? Nada. Por quê? Porque não vamos fazer nada mesmo. Ninguém vai. Eu estou escrevendo aqui, não participo mais do mineral, e vou escrever para quem conheço reclamando.

Vou pra geladeira. Que medo! Quem morre, agência que morre, também vai.

Mas, vida que segue. Eu vou gritar. Eu vou torcer. Acho até que vou trabalhar. Porque a Copa tá chegando e o politicamente correto é torcer, quem gosta, viajar, quem não gosta e pode, protestar a seu modo, pacificamente, que acha quem deve, ou seja, agir. Isso é legal, democrático e faz diferença.

Quanto a você que só fala, não se filia na Ampro; não se coloca como as grandes agências – não tô falando de tamanho, mas de postura (se quiserem dou uma lista pelo Brasil afora.); como os grandes nomes desse mercado – também não tô falando de grana não (já citei o nome de muitos deles em meus textos. É só ler.), mas de posicionamento; não lê o Promoview quando  o assunto é live; não denuncia, se opõe e defende o nosso mercado, ou seja, nada faz.

Beijinho no ombro e vida longa.