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Spoleto também se desculpa por peça contra consumo de carne

Comunicação dizia que, com um dia sem carne, é possível economizar água, CO2 na atmosfera e desmatamento

A Spoleto pediu desculpas ao setor do agronegócio após uma comunicação nos pontos-de-venda, que fazia referência ao movimento ‘Segunda sem carne’. O texto dizia que “Com um dia sem carne você economiza: 3,4 mil litros de água; 14 kg de Co2 na atmosfera; 24 m² de terras desmatadas”.

A ação da rede de fast food gerou revolta de algumas entidades do setor. O Sindicato Rural de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, classificou a peça publicitária como um ‘desserviço social’ ao desaconselhar ‘o consumo desta excelente fonte de proteína, cujos benefícios já foram cientificamente comprovados’.

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A Assovale (Associação Rural Vale do Rio Pardo) também se manifestou, e afirmou que a rede ‘desrespeita e desconsidera a importância da classe pecuária brasileira’.

Em nota divulgada nas redes sociais, a Spoleto admitiu o erro e ressaltou o compromisso de corrigi-lo. “Reconhecemos que falhamos em nossa comunicação, e se algum cliente, profissional ou empresa se sentiu desprestigiado, pedimos desculpas”, informou.

Além disso, a rede de fast food falou da conexão com o agronegócio do país há duas décadas. “Parceria que nos dá orgulho por nos possibilitar empregar mais de 5,5 mil colaboradores em nossos restaurantes e garantir os melhores alimentos à mesa do povo brasileiro, dentre eles o carro chefe da nossa fábrica, o delicioso molho bolonhesa, feito de carne produzida em território nacional”.

SEGUNDO-CASO

A polêmica envolvendo o Spoleto acontece dias após outro caso semelhante envolvendo o Bradesco. Em um vídeo – já retirado do ar –, as influencers Mariana, Maria Carolina e Maria Clara  convidavam as pessoas a aderirem ao mesmo “Segunda sem Carne”.

Na semana passada, como protesto, empresários e entidades do agronegócio organizaram a ação “Segunda com Carne”, na qual foram distribuídos cerca de dois mil espetos de churrasco em frente às agências do Bradesco em Presidente Prudente, no interior de São Paulo. Sindicalistas do Mato Grosso e Paraná, embalados pela hashtag #adeusbradesco, também manifestaram o seu repúdio ao Bradesco que, em nota, se coloca como o “maior banco privado do agronegócio”.

Em carta aberta ao agronegócio brasileiro, o banco declarou que “ao longo de seus quase 79 anos de história o Bradesco apoiou de forma plena o segmento do agronegócio brasileiro, estabelecendo parcerias sólidas e produtivas. Tal opção é baseada em sua crença indelével nesse segmento enquanto vetor de desenvolvimento social e econômico do país”.