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Smartphones velhos podem virar guardiões das florestas

Cada dispositivo capta continuamente todo o som ambiente, e pode detectar sons suspeitos, como o de motosserras, em até um quilômetro de distância.

Os atuais sistemas de detecção de corte ilegal nas florestas dependem de satélites e podem levar dias ou semanas para consolidar os dados sobre uma ação criminosa. Mas um novo projeto pretende agilizar o combate ao desmatamento, ao identificar a ameaça  e alertar as autoridades em tempo real.

Trata-se do Rainforest Connection (RFCx), que transforma smartphones velhos em dispositivos de escuta autônomos movidos a energia solar.

Os aparelhos passam por um retrofit para poder detectar e identificar, a longas distâncias, sinais de atividades de destruição ambiental, como motosserras, tiros e animais em agonia por conta da caça furtiva.

Foto: Divulgação.
Sistema: cada dispositivo captura continuamente todo o som ambiente em um raio de 1 quilômetro
Sistema: cada dispositivo captura continuamente todo o som ambiente em um raio de um quilômetro.

Primeiro, os dispositivos são instalados no alto das árvores, onde ficam quase invisíveis (a imagem da matéria é para fins de divulgação apenas).

Cada dispositivo capta continuamente todo o som ambiente, e pode detectar sons suspeitos, como o de motosserras, em até um quilômetro de distância.

Após capturar o som de atividade ilegal, o dispositivo transmite um alerta para o servidor do programa Rainforest Connection, que por sua vez envia uma mensagem SMS para os órgãos de proteção.

Estes dados, disponíveis em tempo real, permite com que funcionários de segurança das áreas verdes respondam com rapidez à atividade ilegal.

Segundo a descrição do projeto, que busca apoio no site de financiamento coletivo Kickstarter, os dispositivos são programados para funcionar em cobertura GSM mínima.

Se angariado o valor mínimo desejado, de 100 mil dólares, será possível construir dispositivos suficientes para proteger até 300 quilômetros quadrados de florestas na África e no Brasil. O próximo desafio será ganhar escala.

Veja abaixo um vídeo do projeto, que conta sobre a experiência em campo na Indonésia:

Fonte: Exame.com.