Experiência de Marca

Shopping do corredor na Maratona de SP

Desde os pares de tênis mais básicos, passando por cremes antiatrito e pulseiras do equilíbrio, até a venda de pacotes para maratonas internacionais.

O objetivo do evento era fornecer uma estrutura para que os corredores da Maratona de São Paulo pudessem retirar seus kits de prova, formado por uma camiseta e um número de peito, além do chip descartável. Sem esses itens, disponíveis para retirada desde a última quinta-feira, no Ginásio Poliesportivo do Ibirapuera, nada de corrida. Este, no entanto, foi apenas um detalhe dentro de um “shopping” propício para atender os anseios de consumo de qualquer praticante da modalidade.

A fila para a retirada dos kits estava enorme na véspera da maratona (Foto: Lucas Loos/Globoesporte.com).

Desde os pares de tênis mais básicos, passando por cremes antiatrito e pulseiras do equilíbrio, até a venda de pacotes para maratonas internacionais. Quase tudo que se possa comercializar dentro do universo da corrida de rua esteve presente no local nestes três últimos dias.

A logística da passagem pela estrutura montada já foi erguida para despertar o desejo de consumo nos corredores. Após pegar uma fila e retirar o kit, o atleta entrava na loja da patrocinadora do evento, uma produtora de materiais esportivos, que encheu um corredor de camisetas, pares de tênis, bermudas e diversos tipos de produtos utilizáveis no universo da corrida

Feito isso, mais de uma dezena dos mais variados tipos de estandes esperavam os corredores com os mais diversos tipos de ofertas, como: protetores solares, medicamentos contra lesões, cadarços elásticos que não desamarram, manguito para proteger os braços do frio, cinto de hidratação para colocar garrafas e até um inovador porta medalha.

“Sou triatleta e arquiteto. Ganhava medalhas e não tinha aonde botar. E pensava: medalha é algo que simboliza todo o esforço nos treinos até a conquista e que não podia ficar escondida dentro da gaveta”, diz o curitibano Gustavo, dono da patente do produto e que vende seu peixe dizendo que, por conta de uma fita adesiva, não precisa sequer furar a parede do quarto.

Fora os produtos que podem ser úteis nas provas ou, como no caso do porta medalhas, após as corridas, o “shopping do corredor” vai além dos produtos utilizáveis nas pistas. Além do estande da empresa que neutraliza todo o carbono emitido na prova e de outra que comercializa skates motorizados, agências de turismo se instalaram dentro do complexo para vender pacotes oferecendo viagens visando provas internacionais, como as Maratonas de Barcelona, da Muralha da China, do Sol da Meia Noite, do Tibete, entre outras. A de Miami, por sua vez, tinha um espaço reservado para atrair os brasileiros.

Piauenses retiraram seus kits da Maratona de São Paulo (Foto: Lucas Loos/Globoesporte.com).

“Me aproximei da empresa organizadora da prova paulista numa feira em Nova Iorque e decidi fazer a divulgação da Maratona de Miami aqui. De um universo de 21 mil corredores que participaram da prova neste ano, 400 eram brasileiros. Nosso projeto para 2012 é ampliar esse valor para 25 mil atletas no total, sendo 800 brasileiros, o que superaria o recorde deste ano”, diz o americano Dave Scott, diretor da prova norte-americana.

O evento em geral agradou ao público presente, como no caso dos corredores da assessoria esportiva Por Runner, que se deslocaram de Teresina (PI) apenas para participar da prova. Liderado pelo treinador Paulo Ricardo, o grupo formado por 12 pessoas, que viaja ao longo do país em busca de corridas deste porte, elogiou os dois lados do evento: a retirada dos kits em si e a grande oferta de produtos disponíveis.

Além de todos os estandes, produtos e lojas, um total de 20 caixas atendeu os milhares de corredores do pelotão geral nesses três dias. Só na quinta-feira 3.805 pessoas pegaram seus kits, enquanto o número subiu para 4.163 na sexta.

Fonte: Lucas Loos/G1.