Experiência de Marca

Self liquidated – Por Márcio Esher

O ponto de partida é ter a certeza que “O consumidor não aceita desaforo”! Ele faz muita conta e sempre procura encontrar uma vantagem em qualquer tipo de promoção que lhe seja ofertada

Márcio Esher*

O self liquidated nada mais é do que uma mecânica promocional onde o benefício oferecido para o consumidor é subsidiado pelo próprio consumidor. Pode parecer algo muito complicado e utilizado apenas em grandes campanhas, porém é mais simples do que se imagina, e está presente no nosso dia a dia de maneira quase imperceptível.

Basta se lembrar da última vez que você passou no McDonald’s e pediu o “número 1”. A atendente prontamente oferece a batata grande por mais R$ 1,00. Ou quando estava embarcando em um voo de volta e a comissária lhe oferece um upgrade para a primeira classe por X a mais.

E ao ser abordado por um e-mail marketing oferecendo a assinatura anual de uma revista que com mais X reais, além de todos os exemplares você ainda ganha uma cafeteira, ou um notebook ou uma passagem aérea internacional, etc.

Se formos ainda mais longe, até a “Nota Fiscal Paulista” pode ser encarada como um self, uma vez que pagamos impostos nos produtos que compramos, ajudamos o governo a fiscalizar os estabelecimentos em que fazemos as compras e, de contrapartida, recebemos um crédito para abonar o pagamento de outros impostos.

Dando continuidade nesse racional, com certeza serão encontrados vários outros exemplos de diferentes aplicações do self liquidated no nosso dia a dia, talvez ainda mais bizarro do que o citado acima.

Lógico que quando essa mecânica é utilizada como uma estratégia promocional para a ativação de uma determinada marca ou produto, vários cuidados devem ser tomados para que o feitiço não vire contra o feiticeiro.

O ponto de partida é ter a certeza que “O consumidor não aceita desaforo”! Ele faz muita conta e sempre procura encontrar uma vantagem em qualquer tipo de promoção que lhe seja ofertada. Caso ache que está sendo enrolado, tenha certeza que a promoção será um fiasco.

Tendo esse pensamento como premissa, basta agora organizar todas as etapas do planejamento da campanha que passam por:

– Selecionar os produtos a serem promocionalizados.

– Verificar seu ticket médio para a participação na promoção.

– Pesquisar um brinde de relevância para o target.

– Chegar a um valor de venda adequado ao valor percebido do brinde.

– Escolher bem o canal de ativação e o formato de divulgação.

Além de alguns outros detalhes operacionais, logísticos, financeiros e fiscais que se forem descritos aqui vão deixar esse post bem complicado, indo totalmente contra com a imagem do self liquitaded que eu acredito, por isso é melhor parar por aqui.

Nada melhor do que a prática para desvendar os mistérios dessa campanha promocional

Agora  só resta a oportunidade para isso.

Quem sabe ela não está no meio de nós?

*Márcio Esher é diretor de Operações e Incentivo do Banco de Eventos, focado em resultado e apaixonado por Incentivo, promoção e ativação. Esportista nas horas vagas e baterista por diversão.