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Sebrae traça estratégia para apoiar startups

A pesquisa começará por Curitiba, na Região Leste do Paraná, e será realizada por consultores em outras cinco regiões – Centro, Noroeste, Norte, Oeste e Sudoeste – onde a entidade tem forte atuação.

O Sebrae/PR vai realizar um estudo, a partir de maio deste ano, para identificar quais as regiões do Estado possuem maior potencial para o desenvolvimento de startups, que são um modelo de negócio caracterizado pela inovação e pelo alto potencial de crescimento.

A pesquisa começará por Curitiba, na Região Leste do Paraná, e será realizada por consultores em outras cinco regiões – Centro, Noroeste, Norte, Oeste e Sudoeste – onde a entidade tem forte atuação.

Os dados serão usados para a confecção de um ‘mapa’, que ajudará a nortear as ações do Sebrae/PR para apoio e fortalecimento das startups paranaenses.

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O levantamento é uma das ações previstas no planejamento estratégico, que foi realizado em 2012. No documento, o Sebrae/PR elegeu uma série de metas a serem trabalhadas até 2022, quando será comemorado o aniversário de 50 anos da instituição.

De acordo com o coordenador estadual do Projeto Startups do Sebrae/PR, Rafael Tortato, o foco nas startups é um passo imprescindível para o desenvolvimento econômico paranaense.

“Os empreendedores paranaenses têm muito potencial e o nosso desafio é criar um ambiente favorável para que eles possam desenvolver suas ideias aqui, sem precisar sair do Brasil, rumo ao Vale do Silício, nos Estados Unidos, por exemplo, considerado região pioneira e modelo mundial na implantação de startups”, afirma Tortato.

Para que isso aconteça, a estratégia criada pelo Sebrae/PR se baseia em dois pontos principais: melhoria do chamado ecossistema, para geração e desenvolvimento de novas empresas, e capacitação dos empreendedores que atuam ou querem trabalhar com esse modelo de negócio.

A primeira parte do plano terá início com a aplicação da pesquisa para identificar a presença de atores que auxiliem no desenvolvimento das empresas, como, por exemplo, espaços de coworking – locais utilizados por profissionais que querem trabalhar em conjunto, mas que não têm vínculo entre si; aceleradoras – organizações criadas para dar apoio para as startups em termos de gestão e capital; mentores – profissionais e empresários que compartilham suas experiências com os empreendedores em troca de uma futura sociedade; universidades – que servem como incubadoras, dentre outros.

Tortato relata que o mapeamento irá avaliar o grau de maturidade de cada região do Paraná com base da presença desses atores. “Em geral, as startups são relacionadas ao mundo virtual, mas os negócios acontecem no mundo real, e, para isso, o ambiente precisa apresentar estrutura. Nos locais em que identificarmos deficiências, iremos trabalhar para desenvolver o ecossistema”, conta o coordenador do Sebrae/PR.

Em seguida, terá início o trabalho de capacitação com os empreendedores de startups, que vão se dividir em grandes blocos: comportamento empreendedor, gestão e desenvolvimento e tração.

A previsão de início dessa etapa é 2015, mas no segundo semestre deste ano será realizada uma primeira turma com 30 empreendedores, conforme detalha Rafael Tortato, do Sebrae/PR.

“O objetivo é avaliar a metodologia que será usada no Projeto de Startups. Trata-se de método diferente dos tradicionais, sobretudo em função da escalabilidade, que é o grande crescimento num período relativamente curto de tempo com que as empresas se desenvolvem”, destaca o coordenador.

Porém, não são apenas os empreendedores que passarão por treinamentos e capacitação. “Nossos consultores também serão preparados para trabalhar com essa forma inovadora de fazer negócios. Diferente do empreendedorismo convencional, na maioria das vezes, as startups não se adéquam a ferramentas tradicionais de planejamento e validação do empreendimento. Por isso, a equipe técnica também está sendo preparada, para conhecer mais sobre esse modelo de negócio e suas particularidades”, revela.

Rafael Tortato não esconde que o desejo do Sebrae/PR é transformar o Estado em um ecossistema relevante no Brasil. “Em 2022, esperamos ter um ambiente fortalecido e sustentável, para que os melhores negócios surjam aqui e permaneçam aqui. Assim, poderemos gerar empregos, fazendo a economia se movimentar com o diferencial do alto valor agregado que as startups proporcionam. Temos muito trabalho pela frente e vamos alcançar esse objetivo”, finaliza.