Por Nivaldo Grande
Você já deve ter percebido que, algumas vezes, pessoas que teriam tudo para formar um ótimo grupo de trabalho não “dão liga”. Outras vezes, pessoas tão díspares ao se juntarem acabam por formar grupos de trabalho maravilhosos, capazes de grandes realizações que, muitas vezes, nem se poderia esperar.
Um grande exemplo disso pode ser encontrado em equipes de futebol. Times com grandes estrelas não conseguem deslanchar nos campeonatos que disputam enquanto outros, com jogadores apenas medianos, tornam-se capazes de grandes feitos, chegando até mesmo a conquistar títulos que ninguém poderia imaginar que conseguiriam.
Foto: Reprodução/Google.
Isso é perfeitamente compreensível quando se entende a ideia de inteligência de grupo, disseminada pelo psicólogo de Yale, Robert Sternberg, e o universitário Wendy Williams que buscaram entender por que alguns grupos trabalham de forma mais eficaz que outros.
Essa ideia de inteligência de grupo explica que quando as pessoas se reúnem para trabalhar em equipe, cada uma tem certos talentos, e, embora a inteligência final do grupo não possa ser maior que a soma dos talentos individuais dos componentes do grupo, o resultado final pode ser muito pior.
Isso porque a inteligência do grupo depende de muitos outros fatores que podem não permitir que os indivíduos exibam de forma completa seus talentos individuais.
A partir dessa ideia de inteligência de grupo, podemos pensar o conceito de Sabedoria Organizacional, cuja definição pode ser dada como a soma da sabedoria individual de cada componente do grupo de trabalho de acordo com as condições criadas para que cada talento individual se manifeste.
Sabedoria organizacional nos explica que são as equipes, e não o esforço de um indivíduo, que constituem a unidade de trabalho, e a equipe será mais forte quando os indivíduos conseguirem harmonia a ponto de as pessoas colocarem os interesses do grupo acima dos interesses pessoais. Ao agirem assim, os talentos individuais podem ser melhor aproveitados.
Nem sempre isso é possível porque egos, vontade de se destacar, avidez de alguns em participar, pesos mortos, baixa inteligência emocional, controladores ou dominadores podem se transformar em peso para o grupo e irão destruir qualquer possibilidade de êxito em sua equipe de trabalho.
Para corrigir essas distorções causadas pelas características individuais e conseguir otimizar o trabalho do grupo você pode inserir em sua equipe alguém com o dom da harmonia.
Pessoas com esse dom são capazes de melhorar a negociação dentro dos interesses do grupo e conseguem promover um incrível ganho ao aproveitar ao máximo as capacidades criativas e talentosas de seus membros.
Lembre-se disso: Uma ótima equipe de trabalho não é formada apenas de grandes talentos técnicos, mas, principalmente, de pessoas com a capacidade de harmonizar equipes e extrair o melhor de cada um, para que a soma das partes seja o mais perto possível do máximo que se possa conseguir.
