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Rússia quer aprender com os erros do Brasil

Com quatro anos de antecedência, no dia 05/09, a Rússia inaugurará a terceira das novas arenas para o torneio, a do Spartak Moscou, em que será realizada uma das partidas das Quartas de Final.

Os organizadores da Copa do Mundo de 2018, na Rússia, afirmaram que querem aprender com os erros do Brasil para a edição deste ano, com o objetivo de evitar equívocos e críticas sobre a construção dos estádios para o próximo Mundial.

Com quatro anos de antecedência, no dia 05/09, a Rússia inaugurará a terceira das novas arenas para o torneio, a do Spartak Moscou, em que será realizada uma das partidas das Quartas de Final.

Antes, já tinham sido inaugurados o Estádio Olímpico de Fisht, em Sochi, que recebeu as cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos de Inverno, em fevereiro, a Arena Kazan, que sediou a Universíade, em 2013.

Imagem: Divulgação.
Perspectiva do Estádio Spartak Moscou.
Perspectiva do Estádio Spartak Moscou.

Além disso, os organizadores optaram pelo conservadorismo ao se tratar do Estádio Luzhniki, palco da grande final, que não será demolido como se pensou em um primeiro momento, apenas remodelado.

As autoridades gastarão cerca de US$ 800 milhões (R$ 1,7 bilhões) no projeto arquitetônico, que se propõe a conservar a histórica fachada do estádio moscovita, que um dia chegou a ter capacidade para mais de 100 mil espectadores.

Também será remodelado o Estádio Central, de Ecaterimburgo, enquanto o restante das instalações será construído do zero, já que a maioria dos locais de jogos do país são pequenos e têm menos de 20 mil assentos. A única dúvida por enquanto é o estádio de São Petersburgo, cuja equipe, o Zenit, é patrocinada pela gigante Gazprom.

A empresa protagonizou famosos casos de desvio de fundos e erros de planejamento. O Brasil foi amplamente criticado pela improvisação e pelos atrasos, por isso o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou que todas as obras estejam prontas para a Copa das Confederações, que será disputada em 2017 em Moscou, São Petersburgo, Sochi e Kazan.

Putin quer utilizar o Mundial como alavanca do novo desenvolvimentismo russo, que quer transformar o maior país do mundo em uma das cinco principais potências econômicas até o final da década.

A Rússia descartou o Cáucaso por motivos de segurança e à Sibéria para não confundir os visitantes com os diferentes fusos horários. Mesmo assim, o problema existe, afinal a distância entre a sede mais ocidental, Caliningrado, e a mais oriental, Ecaterimburgo, é de aproximadamente dois mil quilômetros.

Para facilitar os deslocamentos, o governo deve implantar vias férreas de alta velocidade, tarefa em que poderia contar com a ajuda de outros países como Alemanha e Espanha, que possuem tecnologia avançada nesse setor.

De modo a compactar o torneio, a Fifa avalia reduzir para dez o número de cidades-sedes russas, como na África do Sul, o próprio ministro dos Esportes do país, Vitaly Mutko, admitiu essa possibilidade.

A decisão dependerá do trabalho realizado pelas cidades e do legado que apresentem ao Kremlin e à Fifa, embora Moscou, São Petersburgo, Sochi e Kazan já tenham vaga garantida.

Quanto às temperaturas, problema que poderia obrigar a Fifa a transferir o Mundial do Catar para um período de menos calor, a Rússia garante que seu torneio não deixará ninguém com frio, já que a neve é característica do inverno.

Sobre a torcida russa, um dos aspectos que mais preocupam a imprensa ocidental são os casos de racismo registrados nos últimos anos. As autoridades prometeram colaborar para garantir hospitalidade durante todo o torneio.