Experiência de Marca

Reinventando o folder - por Daniel Vieira

Você deve estar cansado de participar de eventos e acumular uma grande quantidade de <em> folders</em>, revistas, adesisos e todo o tipo de brindes que ganha quando é abordado por uma promotora, correto?

Daniel Vieira*

Você deve estar cansado de participar de eventos e acumular uma grande quantidade de folders, revistas, adesisos e todo o tipo de brindes que ganha quando é abordado por uma promotora, correto? Da última vez que estive num grande evento, perdi a conta de quantos folders recebi – e que certamente joguei for a logo que saí do local.

A vida de um planner digital não se resume a ações com internet e celular, mas em apontar novos caminhos para coisas consideradas normais ou até banais, como um simples folder.

Há alguns meses, participei do planejamento digital para o São Paulo Boat Show, um evento voltado para o público náutico, com grandes (e caras) marcas, e principalmente, visitantes muito interessados em suas próximas aquisições.

Quando peguei o briefing do evento pensei: lá vem Bluetooth de novo! (não é uma crítica). Confesso que deixei o job em minha mesa por algumas horas enquanto fazia outras coisas.

Até que tive a brilhante (e mais simples) ideia: utilizar o iPad como folder digital!

No princípio a ideia era um tanto geek, mas ao defender os pontos positivos para o atendimento, decidimos por apresentar ao cliente.

Nada de especial no material, que era exatamente o mesmo que o impresso, mas com os efeitos do Keynote (app do iPad para leitura) que tornavam a leitura bem mais dinâmica. Vale lembrar que como um gadget da Apple, o iPad não aceita flash, então não poderíamos usar recursos mais avançados.

Quando apresentamos ao cliente (uma grande instituição financeira), ainda incluímos a possibilidade de cadastrar os visitantes no estande, utilizando apenas o app de contatos, já presente no iPad.

O cliente gostou muito da ideia e pediu para utilizarmos não apenas um, mas três iPads no estande.

É importante mencionar que a ação não era “ultramoderna”, mas ia exatamente ao encontro do que o cliente queria: proporcionar experiência com objetos de consumo diferenciados (como lanchas, barcos e também o iPad, que ainda não era vendido oficialmente no Brasil).

Durante a semana do evento, foram inúmeras apresentações com o dispositivo, e muitos cadastros de visitantes (que talvez não fossem clientes compradores, mas que certamente fizeram nossa ação gerar o buzz esperado).

E para finalizar o evento, nada como ouvir do cliente: “não pensei que o iPad pudesse fazer isso”.

Eu diria o seguinte: não é o iPad, iPhone ou Galaxy, mas sim o que você faz com eles!

Daniel Vieira é Profissional de VAS (Value Added Service) desde 2007, no mercado de Mobile Marketing. Atuando no atendimento das maiores agências de promoção do Brasil, é também um dos responsáveis pelas maiores campanhas mobile dos últimos anos, e colunista do Trade Inteligente. O siga no Twitter – @danielsvieira.